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I Seminário Nacional de Boas Práticas de Controle da Tuberculose entre os Povos Indígenas
Fotos: Mário Vilela / Funai
Acontece, entre os dias 28 e 29, o I Seminário Nacional de Boas Práticas de Controle da Tuberculose entre os Povos Indígenas, em Brasília-DF. Durante o encontro, promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, serão apresentadas pesquisas e experiências exitosas envolvendo situações da doença entre populações indígenas em todo o país.
A abertura do seminário, na manhã desta quarta-feira, contou com a participação da coordenadora-geral de Promoção dos Direitos Sociais da Funai, Patrícia Chagas Neves, que demonstrou os avanços e desafios das políticas para os povos indígenas nos últimos dez anos. Mariana Amorim Alencar, coordenadora de Atenção Primária à saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/MS), apresentou a rede de atendimento da Sesai aos povos indígenas e falou sobre os desafios para o tratamento da tuberculose entre os indígenas. Dentre os desafios, citou a necessidade de qualificar os sistemas de informação, o difícil acesso de equipes de saúde a determinadas comunidades, a precária estrutura de aldeias e das unidades de saúde e a pactuação com estados e municípios para o atendimento de indígenas nas redes de média e alta complexidades.
Segundo o Ministério da Saúde, existem segmentos que, por diversas razões, têm mais chances de contrair a tuberculose em comparação com a população geral, o que revela a necessidade de priorizar o atendimento aos mais vulneráveis à doença. Os indígenas têm cerca de três vezes mais chances de contraí-la. Em 2010, o coeficiente de incidência de tuberculose entre eles foi de 93,5 por 100 mil pessoas, que representa 2,6 vezes a incidência da população geral (de 36,4 por 100 mil).
A tarde de hoje será reservada ao debate sobre o tema “Vulnerabilidade e Vigilância em Saúde" e à apresentação de estudos realizados por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz. Amanhã, 29, serão relatadas experiências realizadas pelos Distritos Especiais de Saúde Indígena (DSEIS) nos estados do Amapá, Mato Grosso do Sul, Ceará, Rondônia, entre outros.