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Servidores das Frentes de Proteção Etnoambiental participam de formação em Brasília
Cerca de 150 servidores que atuam nas Frentes de Proteção Etnoambiental da Fundação Nacional do Índio (Funai) participam, esta semana, de um curso de formação, na sede do órgão, em Brasília. A capacitação tem o objetivo de oferecer instrumentalização técnica ao corpo de servidores, a fim de aperfeiçoar a execução das ações desenvolvidas pelas Frentes, além de promover maior aproximação entre elas.
No primeiro dia, os servidores ouviram palestras sobre o funcionamento das diversas diretorias da Funai, conheceram os objetivos do Plano Plurianual (PPA) referentes à proteção dos índios isolados e de recente contato e os principais desafios a serem enfrentados.
Durante a abertura, a presidenta da Funai, Marta Maria Azevedo, ressaltou a importância das ações realizadas pelas Frentes, que coloca o Brasil como pioneiro no trabalho com povos indígenas isolados e de recente contato. "Nosso objetivo é, com este curso, começar a criar uma identidade no trabalho realizado pelas Frentes de Proteção, que combine conhecimentos acumulados com novas maneiras, tecnologias e ferramentas", afirmou.
O curso faz parte do Programa de Ambientação dos Servidores da Funai e se estende até a próxima sexta-feira, 21. Na programação estão previstas palestras sobre a política indigenista, do SPI à Funai; política de proteção aos índios isolados: do contexto social e político da Constituinte aos dias atuais; metodologia de proteção e atividades de localização e monitoramento de povos indígenas isolados; proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas recém contatados; geoprocessamento nas atividades das Frentes; princípios de antropologia e etnografia, legislação indigenista ambiental e criminal, entre outras.
As Frentes de Proteção Etnoambiental trabalham exclusivamente para garantir os direitos dos índios isolados e recém contatados. Para isso, a Funai conta com 12 unidades descentralizadas, localizadas na Amazônia Legal brasileira, nos estados do Mato Grosso, Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.
A política atual da Funai é de proteção e respeito à vontade dos indígenas de permanecerem isolados. Ao identificar referências de índios isolados em determinada região, a Funai monitora o território para garantir-lhes o direito a esse isolamento, respeitando suas estratégias de sobrevivência física e cultural, segundo seus usos e costumes. A política vale também para os povos de recente contato, aqueles que já estabeleceram alguma relação com segmentos da sociedade nacional, mas que têm conhecimento reduzido dos códigos e valores das sociedades majoritárias.