Notícias
Indígenas recebem capacitação para realizar ações de vigilância de seus territórios
Uma parceria entre a Funai e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) promove cursos de Cartografia Básica e Uso de GPS e Legislação Ambiental e Indigenista para 21 índios das Terras Indígenas (TIs) Igarapé Ribeirão e Igarapé Laje. A ação acontece por meio do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas e tem duração de duas semanas (17 a 21/09 e 24 a 28/09) em Guajará Mirim. Os participantes estudarão as leis e aprenderão a utilizar GPS, bússolas, imagens cartográficas, de satélites, dentre outros.
Entre os participantes, 12 (seis de cada etnia) serão selecionados para contratação, pelo período de um ano, com o objetivo de trabalhar nos Postos de Vigilância das Terras Indígenas, sob coordenação da Funai. Os indígenas Kaxarari e Uru-Eu-Wau-Wau também receberão a capacitação.
Os Postos de Vigilância, em construção pela ESBR e previsto para serem entregues nos próximos meses em cada Terra Indígena, serão equipados com a infraestrutura necessária às ações de proteção e vigilância. Além da mobília, os locais possuirão computadores, equipamentos de localização, comunicação e veículos (camionetes, motocicletas e barcos).
Segundo a coordenadora do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, Bruna Paes, as capacitações fazem parte das ações que a ESBR desenvolve para proteção e vigilância das TIs. "Nessa fase de implantação do empreendimento, as ações do Plano Emergencial de Proteção das Terras Indígenas são focadas na proteção das mesmas e apoio à Funai no trabalho de identificação e proteção de índios isolados", afirma.
A segunda fase compreende o desenvolvimento comunitário, com apoio nas áreas de saúde, educação, produção e cultura, dentre outros subprogramas desenvolvidos a partir de um diagnóstico socioambiental realizado nas aldeias com a participação direta dos representantes de cada terra indígena contemplada. A Funai emitiu um Termo de Referência para o estudo e elaboração de Programa de Apoio às Comunidades Indígenas.
"O objetivo é levar, a longo prazo, benefícios socioambientais e econômicos para as populações indígenas. Apoiar o uso racional dos recursos naturais, usando como instrumento o respeito sociocultural, econômico, de fauna e flora dos indígenas", completa Paes.
De acordo com a geógrafa Rafaela Printes, que ministrou o curso de Cartografia Básica e Uso de GPS, os alunos possuem um bom conhecimento da área e facilidade nas orientações. "Eles (indígenas) já realizam a vigilância, por isso focamos mais no uso dos equipamentos que terão no local. É uma ação que vai reforçar a proteção das terras e fortalecer o trabalho existente", diz.
Com informações do site Rondônia ao vivo