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Etnia Suruí participa pela primeira vez do jogos indígenas
O segundo dia dos jogos indígenas (07), teve a participação da etnia Suruí, que depois de três dias de viagem, 27 atletas, chegaram em Porto Nacional (TO), para participar pela primeira vez dos jogos. A terra do povo Suruí localiza-se entre os municípios de Cacoal (Rondônia) e Aripuanã (Mato Grosso).
O primeiro contato pacífico dos Suruí com os brancos foi em 1969. A seguir, cerca da metade da população Suruí morreu devido às doenças transmitidas pelos colonos. No início dos anos 80, o povo Suruí contava com menos de 300 indivíduos. Hoje, o povo Suruí é uma das etnias mais populosas do Estado de Rondônia. São cerca de 1500 indígenas distribuídas em vinte e cinco aldeias.
Gosoda Surui, formado em turismo, conta que os jovens da sua comunidade treinaram com frenquência para participar das modalidades de cabo de força e arremesso de lança. Ele também explica que mesmo tendo contato com homem branco, os Suruí mantém vivas suas heranças culturais. "Durante todo o ano nós treinamos muito para virmos preparados para os jogos,nós não temos uma culinária especial, a comida indígena já é uma comida forte. Todos nós falamos nossa língua nativa, temos nosso trabalho na agricultura tradicional e também a agricultura que aprendemos com o branco", explica.
As competições de segunda-feira iniciaram com o futebol masculino e feminino. Mas uma das modalidades mais esperadas pelo público foi o arremesso de lança, onde 27 etnias participaram da competição. Cada delegação indígena teve um atleta participante com o direito de realizar três arremessos durante a prova.
A contagem de pontos que irá definir o primeiro, segundo e terceiro colocados, será pela maior distância arremessada. Na primeira fase eliminatória os três melhores arremessadores foram da etnia Terena/MS, Tapirapé/TO e Bororo/MT. Na próxima quarta-feira terá a segunda fase do arremesso, e a grande final será no sábado (12).
A segunda modalidade disputada foi o cabo de força. Cada delegação indígena teve o direito de inscrever no máximo duas equipes, uma masculina e a outra feminina, composta de dez atletas e dois reservas. O objetivo dessa modalidade é o de medir a força física dos participantes. Vencer o cabo de força, significa ter os índios mais bem preparados para o confronto físico.