Doação de madeiras beneficia Indígenas Cinta Larga e Arara

Indígenas da etnia Cinta larga e Arara do município de Aripuanã/MT foram beneficiadas com a doação de madeiras apreendidas, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e Polícia Federal. A madeira foi apreendida em 2010, no Parque Indígena do Aripuanã, na operação Arco de Fogo e somente este ano o IBAMA conseguiu julgar os processos e acelerar os procedimentos de doação.

Com a doação, está sendo construída a Coordenação Técnica Local da Funai (CTL) em Aripuanã. No escritório irão funcionar duas CTLs, sendo uma CTL que atenderá os Cinta-Larga da Terra indígena Aripuanã situada no município de Aripuanã e outra CTL que atenderá os indígenas Arara da Terra indígena Arara do Rio Branco situada nos municípios de Aripuanã e Colniza.

De acordo com Leomar Rosa, coordenador técnico local da Funai/Aripuanã, com a construção da CTL, os servidores terão melhores condições para atender os indígenas. "Este é o primeiro escritório no município de Aripuanã, através desta base, ficará mais fácil executarmos nosso trabalho junto às comunidades indígenas, teremos uma estrutura moderna, com telefone, fax, radio, computador e outros equipamentos, a tecnologia mais perto de nós", concluiu Leomar.

A CTL de Aripuanã é subordinada a Coordenação Regional da Funai em Juina/MT, e já atende cerca de 700 indígenas da região, com ações de promoção e proteção dos seus direitos.

A obra que começou no dia 12/09 terá 63m², com três salas, e uma sala de atendimento. A construção será concluída no prazo de 60 dias.

CTL – Por meio do Decreto n°7.056, de 28 de dezembro de 2009, no âmbito de cada uma das 36 regiões, foram criadas instâncias territoriais de gestão, as Coordenações Técnicas Locais (CTL), a partir de realidades geográficas e de estruturação dos serviços desenvolvidos pela Funai. São unidades técnicas, no sentido da elaboração, execução e implementação de projetos e programas junto às comunidades. Em todo o país são 297 Coordenações Técnicas Locais.

Arco de Fogo - A denominação Arco de Fogo faz referência ao formato da área de desmatamento observada por satélite, abrangendo partes de Rondônia, Pará e Mato Grosso. A operação envolve ações de fiscalização, de planos de manejo (locais de extração legal de madeira), medição do produto em pátios de madeireiras para verificação da legalidade da madeira vendida e mantida em depósito e, nas estradas, fiscalização do transporte.