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Jovem indígena é destaque e chama atenção de olheiro de futebol no estádio Abadião.
Em comemoração ao Dia do Índio, 19 de abril, e ao Centenário do Indigenismo no Brasil, a Seleção Indígena Brasileira de Futebol, teve muito a festejar. A equipe, formada por índios de várias etnias brasileira, e tendo como base as atletas da etnia Gavião, disputou seu primeiro jogo oficial, enfrentando o Cresspom-DF, time da liga profissional feminino de Brasília, que já disputou, por três vezes, a Copa do Brasil. As guerreiras indígenas, após estarem perdendo por 2 x 0, entraram determinadas para o segundo tempo e conseguiram um honroso empate em 2 x 2. O destaque do time indígena foi a jovem jogadora Jeiciane de apenas 15 anos, da tribo Gavião kyiktatêjê, de Marabá, que marcou os dois gols e chamou a atenção dos olheiros presentes no estádio Abadião, em Ceilândia/DF.
Os dirigentes da Seleção Indígena Brasileira de Futebol pretendem repetir a dose em junho, com uma partida contra um time Norueguês, com objetivo de abrir espaço para realizar a primeira copa do mundo de futebol indígena, previsto para o mês de abril de 2012. Contando com a participação de vinte e quatro seleções, são elas: Brasil, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Argentina, Peru, Chile, Uruguai, Colômbia, Equador, Guiana francesa, Canadá, Estados Unidos, México, Austrália, Nova Zelândia, Costa Rica, Noruega, Nova Guiné, Panamá, Honduras, Guatemala, Nicarágua e Caribe.
Destaque também teve a Seleção indígena masculina, que enfrentou a seleção da Rede Globo, com um placar de 3 x 1. Os atletas indígenas passearam no campo, tendo o privilégio de até perder pênalti.
A FUNAI está introduzindo o esporte nas aldeias indígenas, com objetivo de afastar os índios da vida ociosa, do sedentarismo, das drogas, da prostituição e do suicídio. "O futebol começou mais como uma brincadeira nas aldeias hoje estamos descobrindo talentos", diz o diretor de esportes da Seleção Indígena Brasileira de Futebol, Carlos Dias.