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Sexualidade é tema polêmico durante seminário da juventude
O Seminário Nacional de Juventude Indígena está a todo vapor. Na tarde de segunda-feira (23/11), o tema trabalhado foi sexualidade, discutido por Vera Lopes, representante do Ministério da Saúde, Andrea Martini, antropóloga e professora da Universidade Federal do Acre, e Délio Firmo, indígena da etnia Dessano/AM.
Durante o debate foi possível observar o tratamento diferenciado de cada cultura em relação à sexualidade, como o ritual feito pelos Paresi/MT na primeira menstruação das mulheres da aldeia. "Após a primeira menstruação o corpo passa a ser sagrado e assim a moça é mantida isolada por seis meses, com contato apenas com a avó, para assimilar os ensinamentos da vida adulta. Ao sair do isolamento e com todos os conhecimentos a moça está pronta para casar", explicou Geovani Paresi.
Entre os assuntos debatidos, foi recorrente questões como a do espectador Jadson Potiguara, em relação à existência de programas governamentais em prol da prevenção, junto à juventude indígena, de doenças sexualmente transmissíveis como a Aids. Vera Lopes, em sua palestra, falou sobre os fluídos corporais como o leite materno, sêmen, suor e sangue e alertou sobre esses programas. "Espero que desse encontro saiam propostas para reforçar esse trabalho", acredita.