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Povos do Cerrado trazem debate e cultura para a capital do país
Começa nesta quinta-feira, 10 de setembro, o VI Encontro e Feira dos Povos do Cerrado. O evento acontece no Memorial dos Povos Indígenas com o objetivo principal de enfatizar, discutir e propor ao governo federal soluções para revisão e regularização dos territórios indígenas e não-indígenas, e incentivar uma medida alternativa e sustentável de cultivo e comercialização dos produtos.
Na sexta-feira, o início das atividades será em frente a Catedral, com corrida de toras entre os povos indígenas e uma manifestação para a entrega da "carta do cerrado", elaborada pela Mopic – Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado, pedindo uma solução eficaz de proteção do cerrado como um todo, preservando também o seu povo, ou seja, etnias indígenas, quilombolas e assentados.
Além de oficinas, exposição de produtos e tecnologias, shows com músicas e danças regionais e tradicionais, o evento conta também com debates sobre os temas: Povos e territórios do Cerrado, Cerrado em Disputa - Apropriação global e resistências locais, Buriti – Agro extrativismo no Cerrado e Alimentação Escolar: desafios e oportunidades, dentre outros assuntos.
Estarão presentes o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o presidente da Funai, Márcio Meira, a senadora Marina Silva, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, dentre outras personalidades importantes do governo. O evento contará também com a participação de lideranças indígenas de diversos estados abrangidos pelo bioma Cerrado: MT, MS, TO, MA, MG e SP, representados pelos seguintes povos: Xavante, Bororo, Chiquitano, Nambiquara, Paresi, Umutina, Irantxe, Enawene-Nawe, Kayapó, Panará, Guarani, Kaiowá, Terena, Kadiweu Kinikinawa, Karajá , Tapirapé, Xerente, Javaé, Krahô, Canela, Krikati, Gavião, Xacriabá, Caxixo, além de lideranças xinguanas.
A Mopic tem como o objetivo de discutir e elaborar propostas referente às terras indígenas do Cerrado, cujas áreas encontram-se cada vez mais encurraladas e pressionadas pelo avanço desordenado do agronegócio no entorno e, por vezes, interior dos territórios indígenas.