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Orientação para entrada em Terra Indígena
A Funai, preocupada com a expansão dos casos de epidemia da Influenza A (H1N1), conhecida como "Gripe Suína", expediu comunicação às suas Administrações Executivas Regionais, alertando os servidores, para que orientem as comunidades indígenas a elas vinculadas, no sentido de evitarem o fluxo de entrada e saída das aldeias, bem como a sua permanência nas cidades pois a transmissão da referida gripe se dá principalmente em situações de aglomerações.
As Administrações deverão, também, orientar os não-indígenas, para que evitem a entrada nas terras indígenas, face a baixa resistência imunológica dos índios. A Funai fez contato com o Ministério da Saúde, buscando orientação da autoridade sanitária e, de acordo com a Funasa, "recomenda-se a restrição de entrada de não-indígenas em aldeias, bem como que sejam avaliadas a realização de atividades e eventos que contribuam para a aglomeração e mobilização de grande número de pessoas." Em casos de ingresso em áreas indígenas de caráter emergencial e inadiável, será exigida a apresentação de atestado médico.
Histórico da Influenza
Fonte: Ministério da Saúde
Os vírus influenza são compostos de RNA de hélice única, da família dos Ortomixovírus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. Os vírus podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura). Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C.
Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus influenza A. As principais características do processo de transmissão da influenza são: alta transmissibilidade, principalmente em relação à influenza A; maior gravidade entre os idosos, as crianças, os imunodeprimidos, os cardiopatas e os pneumopatas; rápida variação antigênica do vírus influenza A, o que favorece a rápida reposição do estoque de susceptíveis na população; apresenta-se como zoonose entre aves selvagens e domésticas, suínos, focas e eqüinos que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus. Outras informações podem ser encontradas no Guia de Vigilância Epidemiológica da Influenza/Ministério da Saúde.
Os sintomas da Gripe, muitas vezes, se assemelham aos do resfriado.
Resfriado: caracteriza-se pela presença de sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, rinorréia, tosse, rouquidão, febre variável, e menso frequentemente mal-estar, mialgia, cefaléia. O quadro geralmente é brando, de evolução benigna (2 a 4 dias), mas podem ocorrer complicações como otites, sinusites e bronquites, e quadros graves , de acordo com o agente etiológico em questão. Tem como principal agente causal os Rhinovírus (mais de 100 sorotipos), embora também seja comumente causado pelo vírus Parainfluenza, Coronavírus, Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus, Enterovírus.
Há ainda outros agentes infecciosos, que podem causar sintomas respiratórios que simulam o quadro de resfriado, como Clamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus sp. E agravos não infecciosos: uma série de condições apresentam os principais sintomas de resfriado (tosse, congestão nasal, rinorréia, rouquidão e dor de garganta), a saber: a rinite alérgica (mais comum); a polipose nasal, a rinite atrófica, as alterações do septo nasal e a presença de corpo estranho em cavidade nasal.