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Oficina Linguística na Terra Indígena Piripkura
Servidores e colaboradores da Frente de Proteção Etnoambiental Madeirinha/MT participaram, em novembro, da primeira Oficina linguística na Terra Indígena Piripkura. A ideia da atividade é, além de familiarizar a equipe com as noções básicas da língua Piripkura, levantar o vocabulário e expressões Tupi Kawahib para ser usado nas expedições de vivências junto aos indígenas daquela área. Dessa forma, é possível melhorar o entendimento entre a equipe da Frente e os índios de contato assistido
As atividades foram coordenadas pela professora doutora do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília, Ana Suelly. "Para o linguista é altamente gratificante saber que o conhecimento linguístico pode ter uma aplicação positiva no trabalho dos sertanistas para proteção dos índios isolados do Brasil", afirma Ana.
A sistematização da língua Piripkura tem uma importância especial: os indígenas Tyku e Mondé-i são, provavelmente, os dois últimos remanescentes da etnia. Ana Suelly acredita que, para eles que sobreviveram às agressões dos colonizadores da região, é positivo saberem que os não índios com quem têm contato se interessam por sua língua e por tudo que aconteceu no passado com os demais parentes.
Toda a oficina foi registrada por áudio e vídeo, portanto há quantidade considerável de material a ser sistematizado. Ainda no começo de 2010, a professora pretende voltar à Frente a fim de dar continuidade às pesquisas sobre a língua, que, pelo levantamento inicial, é Tupi Kawahib. Esse trabalho é de extrema importância para a realização do Grupo Técnico de Identificação da TI Piripkura previsto para o primeiro semestre do próximo ano.