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Jovens indígenas discutem problemas familiares e comunitários
Convivência Familiar e Comunitária foi o tema discutido na manhã de segunda-feira (23/11) no Seminário Nacional de Juventude Indígena.
Para compor a mesa de discussão foram convidados Rosângela Carvalho, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Andrea Martini, antropóloga e professora da Universidade Federal do Acre, e o indígena Rony Pareci/MT.
Segundo Andrea Martini, o conflito de idéias entre os jovens não pode ser visto como negativo, a solução é saber lidar com respeito. A antropólogo defende ainda que, para ser índio, basta se considerar como tal, respeitando os princípios de autodeterminação. "A cultura é viva, é dinâmica, ela não se acaba", acredita.
Durante o debate, o indígena Délio Firmo, da etnia Dessano/AM, ressaltou a importância de respeitar a diferença cultural de cada povo. "Hoje, não podemos ser passivos a ponto de concordar com pessoas que nos levam a nos conformar com a generalização de nossas culturas. Talvez a cultura dos brancos seja igual, mas a nossa é diferente. O nosso conceito familiar também é diferente. Quando uma criança nasce, ela não é filha de uma só mãe, nem um só pai, ela é filha da comunidade", explica.
Em sua apresentação, Rosângela Carvalho destacou a educação como um problema social. Também pontuou a preocupação do Governo com a Convivência Familiar Comunitária e apresentou as políticas para idosos, jovens e crianças. "A base de tudo é a família, é a comunidade", finalizou.