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Indígenas discutem afirmação de direitos e diversidade em Seminário
As atividades do terceiro dia do Seminário Nacional de Juventude Indígena (25/11) começaram ao som da dança da união, feita por Rafael Pitiguari/CE
. O tema do dia foi: Afirmação de Direitos – Normas Tradicionais, Normas Legais e Diversidade. Para discutir foram convidados: Dr. Perly Cipriano, advogado da Secretaria Especial de Direitos Humanos, e a Dr. Maria Inês Ladeira, antropóloga do Centro de Trabalho Indígena - CTI, e para debater: Vilmar Guaraní/TO, Coordenador do Observatório dos Direitos Indígenas, e Cristiane Pankararu/PE, do Centro Indígena de Estudos e Pesquisa - CINEP.
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Durante o evento foram abordados vários assuntos, dentre eles, a questão do registro de nascimento do indígena. Para Dr. Perly, é importante que o nome do indígena seja originário do seu povo, que não aceitem negação dos cartórios quanto ao nome escolhido pelos pais ou membros das comunidades. Perly listou alguns pontos necessários para a afirmação e reafirmação dos povos. "É preciso recuperar a língua materna e conseguir meios para resgatar a língua daqueles que perderam; é preciso ampliar os contatos dos povos indígenas, para uma troca de experiência e conhecimentos", acredita.
Maria Inês enfatizou a importância da discussão sobre a diversidade. "É muito importante pensar como é a vida de cada jovem dentro da comunidade", aconselha. A antropóloga chamou a atenção também para a legislação brasileira, no que diz respeito aos povos indígenas. "É bom saber que a legislação é bem mais forte na questão territorial", ressalta.
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Segundo Cristiane, a discussão foi produtiva pois, muitas coisas forma esclarecidas, "é importante saber como se impor diante de cobranças, para não aceitarmos cobranças injustas", conta. Vilmar, por sua vez, afirma que os indígenas têm que decidir o seu modo de vida, sem intermédio de nenhum órgão. "Quem define como o indígena deve viver não é o poder executivo, legislativo ou judiciário, não é nenhum órgão, e sim o próprio índio", conclui.