Oswaldo Euclides de Souza Aranha
Oswaldo Euclides de Souza Aranha
Nascido em Alegrete (RS) e falecido no Rio de Janeiro, diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito desta cidade (1916), participando ativamente da política estudantil. Dedicou-se à advocacia entre 1917 e 1923. Neste mesmo ano, lutou ao lado dos legalistas durante o levante armado no Estado do Rio Grande do Sul. Em 1925, Borges de Medeiros nomeou-o intendente de seu município natal. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Em 1928, nomeado secretário de Justiça e Negócios Interiores do Rio Grande do Sul, ocupou o cargo até 1930. Amigo pessoal de Getúlio Vargas, teve participação decisiva na Revolução de 1930. No ano seguinte, assumiu a pasta da Fazenda, que dirigiu até 1934. Iniciou sua carreira diplomática em setembro de 1934, quando foi nomeado embaixador em Washington. Ali negociou um novo Tratado de Comércio com os Estados Unidos e iniciou um processo de cooperação. Em 1938, foi chamado ao Brasil para assumir a chefia do Ministério das Relações Exteriores do Estado Novo, mantendo-se no cargo até agosto de 1944. Em 1939, seguiu para os Estados Unidos em missão oficial, para negociar maior ajuda econômica americana em troca do abandono do comércio brasileiro com a Alemanha. Presidiu a II Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas, realizada no Rio de Janeiro em 1942, na qual os países americanos romperam relações diplomáticas com o Eixo. Foi crucial seu papel como negociador da entrada do Brasil na Segunda Guerra. Ao deixar o Ministério, permaneceu afastado da vida pública durante três anos. Em 1947, foi nomeado representante no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Assumiu a presidência do Conselho, onde o Brasil ocupava um dos assentos rotativos. No mesmo ano, chefiou a delegação brasileira à I Sessão da Assembleia Geral da Organização, quando foi decidida a partilha da Palestina. Esta medida permitiu a criação do Estado de Israel, em 1948. Voltou ao Ministério da Fazenda em junho de 1953, permanecendo no cargo por um ano. Quatro anos depois, durante o governo de Juscelino Kubitschek, chefiou a delegação brasileira à XII Assembleia Geral das Nações Unidas.