Teses e Dissertações de 2008
Publicado em
23/11/2021 15h52
O Centro de História e Documentação Diplomática assinala que os conceitos e opiniões expressos nos trabalhos listados a seguir são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
Título: Um olhar sobre o país vizinho: representações do Brasil e da Argentina no contexto das relações diplomáticas (1930-1954)
Autor: Raquel Paz dos Santos
Ano: 2008
Instituição: UFF
Resumo: O objetivo do estudo é desenvolver uma análise da alteridade. Ou seja, do discurso político construído pela diplomacia brasileira e argentina para “descrever”, “traduzir” as características e especificidades do país vizinho. As fontes documentais privilegiadas são as correspondências dos embaixadores a seus respectivos governos durante os anos de 1930 a 1954. Durante esse período, houve momentos de forte aproximação política e econômica entre os dois países. Assim, visando consolidar esses vínculos, promoveu-se um expressivo intercâmbio intelectual e artístico entre as duas sociedades, através da diplomacia cultural e de diversos setores da sociedade civil. Para analisar o vasto universo dessas relações culturais, utilizo também a documentação referente às missões científicas e artísticas, às exposições de arte e de literatura, às traduções de livros de escritores argentinos e brasileiros para o português e o espanhol, às mostras de livros e de turismo, aos Institutos Culturais, às escolas “argentinas” e “brasileiras”, que procuraram estimular o sentimento de fraternidade bilateral e continental, aos intercâmbios sindicais, etc. Esses diferentes “embaixadores” da cultura argentina e brasileira no país vizinho, independente de suas filiações ideológicas, estiveram imbuídos pelo ideário americanista de valorização das raízes culturais latino-americanas e permaneceram convictos de que a cooperação entre os dois países contribuiria para o progresso e o desenvolvimento mútuo.
Título: O Negócio do Século: O Acordo de Cooperação Nuclear Brasil - Alemanha
Autor: Rafael Vaz da Motta Brandão
Ano: 2008
Instituição: UFF
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo realizar um estudo acerca da política brasileira desenvolvida pelo governo Ernesto Geisel para a América do Sul, discutindo suas orientações pragmáticas e estratégicas, ao mesmo tempo em que se propõe a estudar o processo de integração econômica do Brasil com os países do continente.
Título: Ruptura e Continuidade: As Correntes Historiográficas da Política Externa Independente
Autor: Thiago Pereira Caldas Brum
Ano: 2008
Instituição: UERJ
Orientador: Williams da Silva Gonçalves
Resumo: A partir do exame historiográfico da política externa nos governos Jânio Quadros e João Goulart, sobressaem-se duas correntes distintas de interpretação da chamada Política Externa Independente. Para alguns autores a PEI representou uma ruptura, uma mudança de rumo; para outros, uma continuidade na política exterior que vinha sendo desenvolvida pelo Itamaraty. Analisando as obras de um determinado grupo de autores, com destacados trabalhos sobre o tema, a presente pesquisa procurou, primeiramente, classificá-los em uma das correntes acima descritas e, a partir daí, avaliar quais elementos os levaram a perceber a PEI de uma forma ou de outra. Os autores selecionados foram: Clodoaldo Bueno, Paulo Fagundes Vizentini, Moniz Bandeira, Pedro Malan, Rubens Ricupero, Fernando de Mello Barreto, Henrique Altemani, Gelson Fonseca Jr., Williams da Silva Gonçalves e José Flávio Sombra Saraiva. Constatou-se que a diferença de interpretação entre as correntes historiográficas da PEI se deve a perspectiva utilizada pelo autor ao se debruçar sobre tema. Quando o pesquisador confere proeminência à perspectiva política ou diplomática, atendo-se prioritariamente à ação política, tende a considera r a PEI como ruptura em virtude das novas atitudes chancelares. Se o trabalho de um autor é marcado, entretanto, pela perspectiva societal, vinculando-se mais enfaticamente ao processo de formulação dos interesses nacionais e da política externa, interpreta a Política Externa Independente como continuidade por conta dos interesses desenvolvimentistas da atuação exterior do país.
Título: O príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied e sua viagem ao Brasil (1815-1817)
Ano: 2008
Instituição: USP
Orientador: Maria Helena Pereira Toledo Machado
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como enfoque o livro Viagem ao Brasil, escrito pelo Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied, bem como as imagens, gravuras e aquarelas produzidas pelo príncipe por conta da viagem. Entre 1815 e 1817, o príncipe percorreu os atuais estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Esta viagem resultou no diário publicado na Alemanha em 1820 e em diversos outros países e línguas nos anos subseqüentes. O diário de Maximiliano poderia ter sido relegado, como tantos outros diários produzidos no século XIX sobre o exótico Novo Mundo, mas sua descrição minuciosa da história natural do país e o tratamento pitoresco conferido à população que hora serve para confirmar os estereótipos de Maximiliano, hora para justificar a originalidade de seus escritos chamam a atenção do leitor através da presença de Guack, índio Botocudo que dispensa as funções de acompanhante, tradutor e, sobretudo, interlocutor indispensável no contato de Maximiliano com o território desconhecido e inexplorado. Contudo, por meio do papel de Guack na narrativa pode-se perceber que o território percorrido por Maximiliano é tudo menos desconhecido ou inexplorado, e sua população certamente não é virgem ou intocada. A análise concentra-se na criação da denominação Botocudo, nas estratégias usadas pelos nativos em seu constante contato com os portugueses, os escravos oriundos da África e mesmo entre os diversos grupos indígenas, e quão pouco consciente Maximiliano parece ser no que diz respeito à realidade que o cerca, na produção do diário, pinturas e aquarelas a serem apreciados pelos europeus.
Título: Brasil e Estados Unidos nas Representações de Oliveira Lima e Salvador de Mendonça (1870-1914) : idéias sobre a inserção brasileira na América
Autor: Américo Alves de Lyra Júnior
Ano: 2008
Instituição: UnB
Título: Cultura, identidade e fronteira: Transitoriedade Brasil/Paraguai (1980-2005)
Autor: Leandro Baller
Ano: 2008
Instituição: UFGD
Resumo: A dissertação intitulada “Cultura, identidade e fronteira: transitoriedade Brasil/Paraguai (1980-2005)”, tem como objetivo compreender o amplo fluxo migratório entre os dois países. O complexo movimento de pessoas que contempla os recortes estipulados leva em consideração questões amplas e agentes que não se definem facilmente no interior das Ciências Humanas. Por meio de diferentes tipologias de fontes como entrevistas, matérias jornalísticas e imagens, a pesquisa foi direcionada para identificar cultural e socialmente os agentes fronteiriços que vivem entre Brasil e Paraguai e vice-versa, mais precisamente no extremo-oeste paranaense e no extremo-leste do departamento de Canindeyu. Neste contexto encontram-se aspectos de fundamental importância para a análise histórico-sóciocultural do complexo fluxo de pessoas, especialmente na segunda metade do século XX. O trabalho trata também de questões como a abertura das fronteiras agrícolas, o stroessnismo, Itaipu Binacional, a queda dos regimes autoritários, as influências culturais entre os povos, a questão de terras, os trabalhadores, as formas de trabalho e de vivência no conturbado ambiente fronteiriço sul americano.
Título: A Política Externa Brasileira e a questão Palestina: análise da imprensa e da diplomacia no período de 1945-1951.
Autor: André Luís Gonzaga
Ano: 2008
Instituição: UNESP/ASS
Resumo: O objetivo da pesquisa foi analisar a participação do Brasil na questão da partilha da Palestina, no âmbito da ONU, pela perspectiva dos jornais O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã, apoiado em fontes conservadas no Arquivo Histórico do Itamaraty e no CPDOC, abrangendo o período de 1945-1951.
A política externa brasileira buscava aumentar a representatividade do Brasil na nova ordem geopolítica formada após a Segunda Grande Guerra. Por isso, apoiava as propostas norte-americanas nas Nações Unidas. Inclusive o voto brasileiro a favor da partilha da Palestina, na ONU, foi entendido como resultado do alinhamento aos EUA.
Os jornais O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã deram atenção especial para a questão da Palestina. Enquanto que o jornal paulista demonstrava apreço pela posição israelense, uma vez que havia sido decidido de maneira democrática pela ONU a criação do novo Estado, o jornal carioca mostrava-se solidário, mas de maneira tímida, aos palestinos.
Com relação às ações da diplomacia brasileira na ONU, o jornal O Estado de São Paulo expressou sua crítica em relação ao desempenho da delegação brasileira. Afirmava que os diplomatas responsáveis por traduzir os anseios e opiniões dos brasileiros na organização internacional estavam mais preocupados com êxitos particulares. O Correio da Manhã observava a questão de outro ângulo. Defendia a diplomacia brasileira e o chefe da delegação do Brasil na ONU, Oswaldo Aranha, oferecendo ao leitor outra interpretação acerca do passado e do presente do principal representante brasileiro nas Nações Unidas.
Após a criação do Estado de Israel as relações entre árabes e judeus retrocederam. As guerras, os conflitos diplomáticos e a fragilidade dos acordos ainda assolam o Oriente Médio. Para se compreender os litígios entre árabes e judeus é preciso voltar no tempo, no período da discussão e legitimação do Estado de Israel. Na convicção de que o caminho para a paz na região médio-oriental passa pelo respeito à resolução nº 181 da ONU, que estabeleceu os limites territoriais entre palestinos e israelenses e a internacionalização de Jerusalém, a presente pesquisa apresentou um panorama do conflito na certeza de que quando se aprende com o passado criam-se perspectivas positivas para o futuro.
A política externa brasileira buscava aumentar a representatividade do Brasil na nova ordem geopolítica formada após a Segunda Grande Guerra. Por isso, apoiava as propostas norte-americanas nas Nações Unidas. Inclusive o voto brasileiro a favor da partilha da Palestina, na ONU, foi entendido como resultado do alinhamento aos EUA.
Os jornais O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã deram atenção especial para a questão da Palestina. Enquanto que o jornal paulista demonstrava apreço pela posição israelense, uma vez que havia sido decidido de maneira democrática pela ONU a criação do novo Estado, o jornal carioca mostrava-se solidário, mas de maneira tímida, aos palestinos.
Com relação às ações da diplomacia brasileira na ONU, o jornal O Estado de São Paulo expressou sua crítica em relação ao desempenho da delegação brasileira. Afirmava que os diplomatas responsáveis por traduzir os anseios e opiniões dos brasileiros na organização internacional estavam mais preocupados com êxitos particulares. O Correio da Manhã observava a questão de outro ângulo. Defendia a diplomacia brasileira e o chefe da delegação do Brasil na ONU, Oswaldo Aranha, oferecendo ao leitor outra interpretação acerca do passado e do presente do principal representante brasileiro nas Nações Unidas.
Após a criação do Estado de Israel as relações entre árabes e judeus retrocederam. As guerras, os conflitos diplomáticos e a fragilidade dos acordos ainda assolam o Oriente Médio. Para se compreender os litígios entre árabes e judeus é preciso voltar no tempo, no período da discussão e legitimação do Estado de Israel. Na convicção de que o caminho para a paz na região médio-oriental passa pelo respeito à resolução nº 181 da ONU, que estabeleceu os limites territoriais entre palestinos e israelenses e a internacionalização de Jerusalém, a presente pesquisa apresentou um panorama do conflito na certeza de que quando se aprende com o passado criam-se perspectivas positivas para o futuro.
Título: Os primeiros contornos do Novo Mundo: os relatos sobre a França Antártica e sobre a Flórida Francesa
Ano: 2008
Instituição: UNESP Franca