Teses e Dissertações de 2000
Publicado em
23/11/2021 16h18
O Centro de História e Documentação Diplomática assinala que os conceitos e opiniões expressos nos trabalhos listados a seguir são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
Título: Varrendo a Vassoura: A Imprensa e a Política Externa Independente de Jânio Quadros (1960-1961)
Autor: Mônica Gouvêa Cunha
Ano: 2000
Instituição: UERJ
Resumo: Esta dissertação procura articular as relações internacionais e a imprensa durante o curto governo Jânio Quadros, especialmente quanto à tentativa de estabelecer a chamada "Política Externa Independente", pela qual o Brasil se afastaria de seu tradicional alinhamento com os Estados Unidos, assumindo uma linha programática, equidistante, no ambiente hostil da Guerra Fria. Trata do malogro da empreitada, provocada tanto por pressões externas quanto internas, estas representadas pelos setores conservadores, temerosos de uma retaliação norte-americana, que afetaria a situação econômica da elite. Um anticomunismo fanático serviu como elemento retórico para opor a opinião pública à política internacional, amplamente explorado na imprensa.
Título: José Marti e a Independência de Cuba no Contexto das Relações Internacionais
Autor: Patrícia Ghelli Carvalho
Ano: 2000
Instituição: UERJ
Orientador: Orlando de Barros
Resumo: Estudo sobre José Marti como figura histórica, priorizando o ativista revolucionário e contextualizando seu trânsito pelas duas Américas e parte da Europa. Dá relevância à dinâmica das relações internacionais e a história política da independência de Cuba, principalmente a Guerra Hispano-americana, crucial para a projeção dos EUA como potência mundial.
Título: Terra Sólida: A Influência da Geopolítica Brasileira e da Escola Superior de Guerra na Política Externa do Governo Castelo Branco
Autor: Renato Amado Peixoto
Ano: 2000
Instituição: UERJ
Orientadora: Mônica Leite Lessa
Resumo: O pensamento geopolítico brasileiro tem suas origens já nos movimentos militares da República Velha, mas sua maior importância se daria apenas durante o Governo Castelo Branco, quando efetivamente constituiu tanto as motivações quanto as diretrizes da política externa. Esta confluência do pensamento geopolítico com a prática da política externa tornou-se possível apenas porque a Escola Superior de Guerra havia empreendido anteriormente a relaboração daquele saber, tornando-o uma percepção original e autônoma do espaço e do território.
Título: A Nova República diante do reordenamento internacional: rupturas e continuidades na política externa do governo José Sarney (1985-1990)
Autor: Analúcia Danilevicz Pereira
Ano: 2000
Instituição: UFRGS
Título: O universalismo diante da possibilidade européia: a política externa do governo Figueiredo (1979-1985)
Autor: Ivana Pedroso Teixeira
Ano: 2000
Instituição: UFRGS
Título: Hermenêutica da Fronteira: a fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Autor: José Adilçon Campigoto
Ano: 2000
Instituição: UFSC
Resumo: Estudo sobre a linguagem da fronteira envolvendo a questão das tradições. Pode-se dividir os modos de compreender a linguagem no ocidente em duas grandes tradições. A primeira, segue a proposta platónico-aristotélica e entende a linguagem como instrumento. Desta forma, a fronteira seria um objeto ao qual o pensamento contempla para depois comunicar, a essência do que foi visto. A segunda forma de tratar a linguagem parte do pressuposto de que não há pensamento fora da linguagem e que, por isto, a linguagem é o lugar onde o ser acontece. Resulta que a fronteira não se dá a conhecer senão por meio da e na linguagem.Na perspectiva da história diplomática, baseada no documento escrito, a fronteira acontece como resultado da luta dos diplomatas, dos militares e de administradores. A fronteira ocorre na linguagem dos deuses rios conforme se percebe na estatuária imperial do Brasil. Os rios da Prata e o Paraná foram representados sob a forma de estátuas.