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Alimentação Escolar
Países da américa latina unem forças em prol da alimentação escolar
Em um evento online realizado em início de março, especialistas e administradores de programas de alimentação escolar da América Latina e Caribe se reuniram para compartilhar experiências e lições aprendidas na área. O webinar, que atraiu mais de 80 participantes, teve como foco os marcos normativos que sustentam políticas de alimentação nas escolas, considerados vitais para garantir uma nutrição adequada a milhões de estudantes e apoiar o direito humano fundamental à alimentação.
A conferência virtual foi uma iniciativa colaborativa entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Rede de Alimentação Escolar Sustentável (Raes), e apresentou exemplos positivos do Brasil, Equador e Guatemala. No Brasil, um destaque foi o marco legal de que 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) sejam investidos na compra de alimentos da agricultura familiar, promovendo não só uma alimentação saudável e variada, mas também apoiando a economia local, gerando emprego e renda no campo.
No Equador e na Guatemala, as discussões abordaram os desafios e sucessos na implementação de políticas similares, ressaltando a importância de um compromisso contínuo e de esforços conjuntos para superar obstáculos tecnológicos e financeiros, garantindo assim a continuidade e eficácia da alimentação escolar.
O encontro online marcou um momento de troca de conhecimentos e estratégias, reafirmando a importância de colaborações internacionais e regionais para fortalecer as políticas de alimentação escolar e garantindo que futuras gerações tenham acesso a uma alimentação adequada e nutritiva no ambiente escolar.
A coordenadora do projeto regional de alimentação escolar da Cooperação Internacional Brasil-FAO, Najla Veloso, destacou a importância de dialogar sobre esses temas e de conhecer as experiências de outros países, mencionando o papel da metodologia de Escolas Sustentáveis, a partir de seis componentes-chave: articulação intersetorial, participação comunitária, cardápios adequados e saudáveis, educação alimentar e nutricional, melhoria da infraestrutura de cozinhas e refeitórios e compras públicas da agricultura familiar. “Esta metodologia tem gerado evidências técnicas e políticas e fortalecido a política de alimentação escolar nos níveis regional e nacional de cada país.”