Notícias
Países da América Latina e Caribe se reúnem para fortalecer a alimentação escolar sustentável
A primeira reunião técnica da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES), realizada nos dias 21 e 22 de novembro de 2024, na Cidade do Panamá, foi um marco importante para os programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe. O evento reuniu representantes de 17 países da região, que formalizaram sua adesão à rede e discutiram ações para fortalecer as políticas públicas no setor.
Com o tema "RAES: Fortalecendo Alianças para uma Alimentação Escolar Sustentável para Todos", o encontro não apenas consolidou o compromisso de países como Belice, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Equador, Honduras, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uruguai, mas também definiu estratégias para ampliar a cobertura e a qualidade dos programas de alimentação escolar. Juntos, esses países atendem aproximadamente 81 milhões de estudantes.
Durante os dois dias de reuniões, os representantes debateram temas-chave como a criação de marcos normativos regionais e a análise dos avanços obtidos por meio das atividades da Aliança Mundial para Alimentação Escolar (AMPAE), além de ações futuras, estratégias para ampliar a sustentabilidade dos programas, e a importância de parcerias com instituições nacionais e internacionais.
A coordenadora-geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Karine Santos, que representou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no evento, ressaltou a importância da RAES como uma plataforma de cooperação internacional para garantir uma alimentação escolar saudável e acessível: “A RAES reflete o compromisso do Brasil em promover uma alimentação escolar de qualidade, que contribua para o desenvolvimento sustentável e para a transformação de realidades em toda a nossa região”, afirmou.
Já a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, que participou do evento de forma virtual, destacou a relevância da cooperação internacional no fortalecimento das políticas de alimentação escolar. “Reitero a importância da continuidade da cooperação e da RAES para seguirmos juntos apoiando e empoderando os técnicos e gestores de nossos países, para continuarmos construindo soluções viáveis e avançando na construção de marcos normativos que garantam sustentabilidade aos programas da nossa região. Estou segura de que em rede somos mais fortes”, afirmou.
Assinatura da Adesão à RAES
Como parte de sua adesão oficial à RAES, os representantes dos países membros assinaram uma declaração em que assumiram o compromisso de avançar nas políticas e programas de alimentação escolar.
Com a assinatura, os países se comprometem a expandir a cobertura estudantil, melhorar a infraestrutura escolar, desenvolver marcos normativos para a alimentação escolar, fortalecer os vínculos com a agricultura familiar, implementar ações de educação alimentar e nutricional, além de aumentar o orçamento destinado a esses programas.
A adesão reforça a cooperação regional e abre caminho para um esforço conjunto que visa implementar e melhorar os programas de alimentação escolar na região.
Cooperação Internacional e o Programa Nacional de Alimentação Escolar
A Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES) é uma ferramenta da Cooperação Internacional Brasil-FAO em alimentação escolar, desenvolvida pelo Governo do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), com o apoio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que desempenha o papel de secretaria executiva, oferecendo apoio técnico e administrativo à rede.
A RAES funciona como uma iniciativa regional criada para promover a troca de conhecimentos, experiências e boas práticas entre os países da América Latina e do Caribe na gestão de programas de alimentação escolar. Atuando desde 2018, a RAES busca fortalecer políticas públicas que garantam uma alimentação de qualidade, sustentável e culturalmente apropriada para os estudantes da região, contribuindo para o combate à fome, à desnutrição e à evasão escolar. Seus principais diferenciais incluem a integração de esforços regionais, a valorização de produtos locais e o incentivo à participação comunitária, além de parcerias estratégicas com organizações e governos locais para criar soluções adaptadas às necessidades específicas de cada país.
soluções adaptadas às necessidades específicas de cada país.