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Alimentação Escolar
Kits de alimentação escolar são entregues a mais de 230 mil alunos da rede estadual de Mato Grosso do Sul
A entrega de produtos da alimentação escolar diretamente aos estudantes das redes públicas continua a ocorrer nas localidades ainda sem aulas presenciais. No Estado de Mato Grosso do Sul a oferta de kits segue normalmente para todos os alunos de sua rede de ensino.
Desde março de 2020, ao invés de as merendeiras prepararem as refeições nas escolas, passaram a montar os kits com os gêneros alimentícios adquiridos, para serem entregues aos alunos. O governo sul-mato-grossense transfere os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) diretamente às escolas. As instituições então trabalham para organizar e distribuir os kits aos mais de 230 mil alunos da rede estadual de ensino. Os pais ou responsáveis retiram o kit na escola onde o aluno está matriculado.
A composição de cada kit depende do cardápio planejado por cada escola, considerando as especificidades locais, bem como a produção da agricultura familiar no período. Entretanto, a maioria é composta por arroz, feijão, macarrão, leite, biscoito, extrato de tomate, farinha de mandioca, fubá, ovos, pão, óleo, sal, açúcar, farinha de trigo, verduras, legumes e frutas variados.
A secretária de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Cecília da Motta, reforça que o fornecimento da alimentação escolar é imprescindível para os alunos, principalmente neste momento de crise sanitária. “Se os alunos estão em casa estudando remotamente, então a alimentação escolar deve chegar até eles, em suas casas, mesmo que na forma de kits de gêneros alimentícios. Precisamos garantir o respeito ao direito de acesso dos alunos a uma alimentação digna e saudável”.
Conforme a nutricionista da Secretaria de Educação, Adriana Souza, as escolas conseguiram estender para a casa dos alunos, praticamente, o mesmo cardápio que era oferecido durante as aulas presenciais. “Com a aquisição sendo mantida pela escola, de fornecedores e de agricultores familiares locais, é possível entregar kits aos alunos com alimentos mais frescos, com variedade de frutas, verduras e legumes, de forma a manter em casa a mesma qualidade das preparações servidas na escola”, disse Adriana.
Para atender aos critérios de biossegurança, os pais ou responsáveis aguardam o contato da escola e só se dirigem ao local de retirada do kit quando for marcado o dia e horário, como forma de evitar aglomeração e a disseminação do novo coronavírus.
Em algumas escolas indígenas e rurais, o próprio diretor é quem leva os kits na casa dos alunos, como é o caso do diretor Luiz de Souza Freire Jr., da EE Indígena de Ensino Médio Intercultural Guateka - Marçal de Souza, no município de Dourados. Ele foi pessoalmente entregar o kit de alimentação para um aluno que possui deficiência intelectual. “Preparamos e levamos os alimentos até os alunos com muito carinho, pois sabemos que muitos deles têm na alimentação escolar a sua única refeição do dia”, afirmou o diretor.