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Escolas indígenas recebem visitas técnicas para aprimoramento do PDDE, Pnate e Caminho da Escola
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vem realizando visitas técnicas a escolas indígenas de todas as regiões brasileiras com o objetivo de aprimorar a execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Caminho da Escola e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) na educação indígena. Essas incursões, que começaram em março e seguem em andamento, possibilitam o diálogo com gestores indígenas para ampliar o acesso das unidades de ensino aos referidos programas, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação oferecida nas escolas indígenas.
A iniciativa conta com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação de cada localidade visitada. Até o momento, já foram realizadas visitas técnicas a sete estados: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Alagoas, Sergipe e Ceará. Nas próximas semanas, serão realizadas no Maranhão, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Nossa missão é garantir que todos os estudantes da rede pública do país, independentemente de sua origem étnica ou cultural, tenham acesso a uma educação de qualidade. As visitas têm sido uma ferramenta fundamental nesse processo”, enfatiza a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba.
Segundo a coordenadora-geral de Desenvolvimento e Melhoria da Escola do FNDE, Karine Santos, conhecer a realidade das escolas indígenas e da comunidade ao redor é importante para implementar ajustes de forma a atender às demandas específicas desses estudantes. “Essas visitas técnicas proporcionam um espaço de escuta ativa, onde os gestores indígenas podem compartilhar suas necessidades, fazendo sugestões para indicar melhorias em relação aos programas de manutenção escolar. Esse diálogo é essencial para que possamos assegurar programas que se adequem às especificidades das escolas indígenas, respeitando os direitos dos povos indígenas”, destaca.
Os encontros, voltados aos profissionais envolvidos com a execução do PDDE, do Pnate e do Caminho da Escola na educação indígena, seguem até junho, com propósito de percorrer as cinco regiões do país. Para Josué Carvalho, indígena pertencente ao Povo Kaingang e consultor do FNDE na área do PDDE, o ideal é buscar uma “aproximação com a base, com ‘o chão da escola’ para compreender a realidade local e permitir uma abordagem mais específica e efetiva para as escolas indígenas”.