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Conheça cinco mulheres que fizeram diferença na educação brasileira
Para celebrar este Dia Internacional da Mulher, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação apresenta cinco mulheres que fizeram a diferença na educação do país.
Dorina Nowill – “Na escada da vida os degraus são feitos de livros.”
Dorina de Gouvêa Nowill nasceu em São Paulo (capital) no dia 28 de maio de 1919 e perdeu à visão aos 17 anos. Foi a primeira aluna cega a se formar em um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos e ao perceber a dificuldade enfrentada por estudantes cegos e a falta de livros em braile no Brasil, Dorina criou a então Fundação para o Livro do Cego no Brasil, em março de 1946, que produzia e distribuía livros em braile gratuitamente. Em 1991 a instituição passou a levar seu nome.
Dorina se especializou em educação de cegos no Teacher´s College da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA).
De 1961 a 1973 Dorina dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Em sua gestão foram criados os serviços de educação de cegos em todas as Unidades da Federação.
Anália Franco - "Não há vida feliz, individual ou coletiva sem ideal."
Anália Franco se tornou professora concursada aos 16 anos e trabalhou como professora primária. Durante seu período como professora viu a dificuldade de acesso à educação por crianças pobres e as nascidas pela "Lei do Ventre Livre" em 1871, assim juntou sua paixão de ensinar, a suas crenças abolicionistas.
Começou sua primeira "escola" em uma casa alugada com seu salário de professora, ali também se tornou um abrigo para aqueles que ela chamada de "meus alunos sem mãe".
Até 1919 foi responsável pela construção de 71 escolas além de outras obras sociais.
Débora Seabra - “Eu ensino muitas coisas para as crianças, a principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma.”
Débora Seabra foi a primeira professora com síndrome de Down do Brasil e da América Latina. Formada em 2005, estudou em escolas da rede regular por toda e atualmente é professora assistente do primeiro ano do fundamental.
Autora do livro "Débora conta histórias" onde ela conta suas experiências em sala de aula como educadora.
Débora luta em prol da inclusão social e da discussão sobre diversidade e respeito aos alunos com deficiência.
Antonieta de Barros - "Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar às almas que o Senhor nos confiar, à força insuperável da Fé."
Antonieta de Barros foi alfabetizada aos 5 anos e a partir dai a educação se tornou sua paixão, foi a primeira de sua família a se formar. Aos 21 anos fundou o "Curso Particular Antonieta de Barros" voltado para a população mais carente e às mulheres, população que ela via como sendo deixada de lado pelo sistema educacional e pelo governo.
A professora e jornalista se tornou a primeira deputada estadual negra durante a primeira eleição em que mulheres puderam se eleger e votar. Durante seu mandato, Antonieta lutou pelos direitos das mulheres e melhores condições de educação, ela também foi responsável pela lei que instituiu o Dia do Professor.
Elisângela Dell-Armelina Suruí - "O conhecimento está com os mais velhos, e é importante levar esse conhecimento para a sala de aula."
Elisângela Dell-Armelina Suruí viu de perto a dificuldade enfrentada por seus alunos em escrever no idioma materno Paiter Suruí, língua falada pelas crianças, e também em entender os materiais na língua portuguesa. Com isso, Elisângela desenvolveu um projeto de alfabetização com sua turma multisseriada, do 1° ao 5° ano, da aldeia próxima a Cacoal, Rondônia.
Em conjunto com a turma, a professora desenvolveu um caderno de atividades de escrita e leitura na língua Paiter Suruí, sempre adaptando o conteúdo para cada idade, dessa forma seus alunos foram alfabetizados e passaram a entender melhor os conteúdos em português.
O projeto "Mamug Koe Ixo TIg" (A fala e a escrita da criança) resultou no prêmio de Educadora do Ano a Elisângela em 2017.
Inspirado nessas mulheres, o FNDE elaborou campanha que está nas nossas redes sociais. Clique abaixo para conferir:
https://twitter.com/fndeoficial/status/1633526478355718153?s=20
https://www.facebook.com/fnde.educacao/videos/1834770880230798/