A Biblioteca Prof.ª Ecilda Ramos de Souza foi fundada em 26 de maio de 1980. Com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), em 1997, e a transferência das competências para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o acervo foi incorporado ao do FNDE tornando-se multidisciplinar.
Quem foi Prof.ª Ecilda?
No mesmo ano em que Brasília comemorou sua inauguração, 1960, professora Ecilda Ramos de Souza deixa sua terra natal, Alegrete, Rio Grande do Sul, e assume seu primeiro cargo em concurso público para o Magistério de Ensino Médio da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF). Em 1963, foi nomeada pelo Presidente da República para o cargo de Técnico de Educação, no Ministério da Educação e Cultura (MEC). Meses depois, como diretora do Departamento de Ensino Médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal, onde permanece, acumulando as duas funções até julho de 1964.
Em 1966, após o curso para Auditores do Plano Nacional de Educação, foi designada secretária-executiva do Plano Nacional de Educação, tendo sob sua responsabilidade liderar a equipe que construiu a Secretaria-Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Como reconhecimento do resultado alcançado, em outubro de 1969, na primeira reunião do Conselho Deliberativo, prof.a Ecilda foi escolhida, por unanimidade, secretária-executiva do novo órgão. Na sua longa trajetória como dirigente do FNDE, trabalhou com nove ministros da Educação, projetou a autarquia como importante organismo de financiamento da educação e incrementou as ações de apoio e assistência à educação em todos os níveis de ensino.
Em 1985, foi designada chefe da Assessoria de Apoio à Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Em 1988, iniciou o Curso de Formação em Políticas Públicas e Gestão Governamental da ENAP e, em 1990, nomeada para a carreira de especialista na Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SEPLAN). Após longa e dolorosa enfermidade, em 1997, Ecilda falece e marca para sempre uma história de muitas conquistas.
Sem dúvida a maior obra da professora, segundo seu próprio entendimento, foi a construção e projeção do FNDE. “Intuímos um FNDE e o tiramos da fria inércia da Lei para o caloroso e desafiante ato de existir”, afirma Ecilda.