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Desenvolvimento Sustentável
Serviço Florestal participa de painel da “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, foi moderador do painel “Áreas Protegidas, Novas Economias e Grandes Empreendimentos”, nessa quinta-feira (31/08), no segundo dia da “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias”, em Belém (PA). O evento tratou sobre as melhores soluções para o desenvolvimento socioeconômico da região e sustentabilidade, para a manutenção da floresta viva, e a difusão dessas informações.
A inclusão de atividades conforme a vocação de cada área da Amazônia foi destaque no painel “Áreas Protegidas, Novas Economias e Grandes Empreendimentos”. Discutiram que há lugares para manejar madeira, outros para manejar produtos florestais e existem áreas protegidas que podem servir para promover o turismo e assim gerar emprego e renda no Brasil de maneira sustentável, desde que sigam as regras, a legalidade e os conceitos sustentáveis.
Outro tema debatido foi sobre como a mineração bem-feita, em lugares específicos, pode ser importante e interagir fortemente em apoio às comunidades próximas. Também foi discutida a necessidade de investimento em restauração, como parte do esforço para garantir a transição ecológica. Nesse sentido, o governo federal lançou este ano o Plano de Transição Ecológica, que busca impulsionar o desenvolvimento baseado em preservação ambiental e combate às mudanças climáticas.
“Nesse sentido, os exemplos do Serviço Florestal são muito importantes, porque fazemos concessão florestal para manejo de áreas protegidas, que são as Flonas, mostrando que você pode fazer isso envolvendo o setor privado, com monitoramento robusto do governo, no caso do Serviço Florestal”, disse Garo. O diretor-geral do SFB afirmou que não precisamos pensar apenas na nova bioeconomia e de novos produtos, mas pensar como melhorar a cadeia de produção e agregação de valor dos produtos já existentes, como madeira, castanha, açaí, cacau, produtos que há anos já vêm sendo extraídos da Amazônia, mas que podem ser feitos sustentavelmente e pensar na sua inserção na economia com a agregação de valor, com geração de emprego e renda.
Na oportunidade, Garo falou dos 15 anos da primeira concessão florestal, na Floresta Nacional do Jamari, que gera benefícios do manejo florestal, com a produção sustentável e estímulo do desenvolvimento econômico regional, e dos 50 anos do Laboratório de Produtos Florestais (LPF), que atua para o desenvolvimento da bioeconomia nacional, principalmente da região amazônica.
Participaram do painel a coordenadora-executiva na Associação das Comunidades Remanescente de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO), Claudinete Colé de Souza, o diretor-presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Guido Germani, o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e Diretor de Clima, Natureza e Investimento Cultural da Vale, Hugo Barreto, a chefe da Resex TAPAJÓS-ARAPIUNS, Jackeline Nóbrega Spínola, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, e o gerente para Amazônia na WWF, Ricardo Mello.