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Pesquisa Florestal
LPF inicia experimento para testar resistência de madeiras aos cupins
O Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro deu início ao primeiro ensaio com cupins. No estudo, sete espécies madeireiras coletadas na Floresta Nacional de Jacundá (RO) serão avaliadas quanto à resistência a esse tipo de praga. A determinação da durabilidade natural de madeiras é um item importante e necessário para sua caracterização enquanto material construtivo.
Recolhido por pesquisadores há 10 meses na Região Administrativa de Sobradinho (DF), o cupinzeiro do gênero Nasutitermes corniger será usado no experimento de preferência alimentar com sete espécies de madeira: roxinho, cedrinho, tamarindo, ipê, cumaru ferro, cumaru rosa e jequitibá.
“A retomada deste tipo de teste é uma vitória, pois há muito tempo não conseguíamos manter uma colônia viável. As informações obtidas neste tipo de experimento são imprescindíveis para uma melhor indicação de uso da espécie madeireira, bem como para sabermos se é necessário utilizar produtos cupinicidas”, destaca Fernando Gouveia, coordenador do LPF.
Como é feito o estudo
Para a realização do ensaio, o cupinzeiro é mantido na sala de ensaio de térmitas no laboratório de biodegradação e preservação do LPF sob condição controlada. O ideal é que a sala mantenha a umidade em torno de 70% e que a temperatura não passe de 25°C.
As amostras de madeira são preparadas e distribuídas aleatoriamente sob uma bandeja de polietileno perfurada. Por 45 dias, as espécies roxinho, cedrinho, tamarindo, ipê, cumaru ferro, cumaru rosa e jequitibá serão expostas à ação da colônia de cupins, para ao final, serem avaliadas e classificadas.
O estudo está sendo conduzido pelo pesquisador e analista ambiental José Roberto Victor de Oliveira, seguindo a metodologia proposta pelo estudioso Juarez Benigno Paes (2001; 2006) com algumas adaptações e a norma AWPA E1-16 (2016).