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Serviço Florestal marca retorno ao Meio Ambiente com reinauguração da sede
Servidores e colaboradores do Serviço Florestal juntamente com a ministra Marina Silva celebram a reinauguração da sede. Foto: Felipe Werneck
Nesta segunda-feira, 4 de setembro, O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) comemorou os 15 anos do primeiro edital de concessão florestal na Flona de Jamari, em Rondônia, e 50 anos do Laboratório de Produtos Florestais (LPF) no evento de reinauguração de sua sede e retorno à pasta do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Garo Batamaian, diretor-geral do órgão, recebeu na comemoração feita com os servidores, Marina Silva, ministra do MMA e parceiros governamentais e não governamentais.
Nas boas-vindas, Garo fez uma análise dos últimos anos do órgão e falou sobre os desafios não só da reestruturação física, mas também da retomada da pauta ambiental, uma das prioridades do atual governo. “Agradeço a confiança que a ministra nos deu para reconstruir o SFB e à equipe que se manteve mesmo com tantas dificuldades. Após a reforma, estamos voltando à sede inicial e recriando departamentos como o jurídico e o de tecnologia. Nós estávamos também sem ouvidoria, sem a parte de comunicação institucional”, pontuou.
“A gente que voltar à vocação pela qual o Serviço Florestal foi criado por meio da Lei (de Gestão de Florestas Públicas)”. O diretor-geral destacou as competências do órgão, que, dentre outros, tem como objetivos conservar as florestas públicas, fomentar a regularização ambiental de imóveis rurais, promover o manejo florestal sustentável, gerir as concessões florestais em áreas públicas. “Serão realizadas novas concessões florestais até o fim do ano. Esses editais incluem a primeira gleba que seria de uma área não destinada e agora será para manejo florestal. Atualmente temos 23 contratos de concessão assinados, que totalizam 1,3 milhão de hectares concedidos, gerando receita para os estados e municípios e o mais importante: emprego e renda para região”.
Garo também lembrou da importância do Laboratório de Produtos Florestais, que em seus 50 anos, presta diversos serviços técnicos especializados. “O laboratório realiza, por exemplo, em parceria com as polícias Federal e Rodoviária Federal análise e identificação de madeiras ilegais apreendidas. Outro projeto muito relevante que o LPF está produzindo é um protótipo de habitação popular em madeira que poderá ser utilizado para construção de casas na zona rural” destacou.
Na oportunidade, Marina Silva ressaltou a papel do SFB na gestão florestal e ressaltou a importância do manejo florestal. “Manter as florestas em pé e ao mesmo tempo fazer o uso sustentável, pode constituir uma base de inovação tecnológica, de novos produtos, de novos materiais, de ampliação dos serviços ecossistêmicos e geração de emprego e de renda para as pessoas”. Ao finalizar, a ministra parabenizou o Laboratório de Produtos Florestais, os servidores do Serviço Florestal Brasileiro e agradeceu ao diretor-geral, Garo Batmanian, por ter aceitado desafio.
No encerramento, foram plantadas mudas de árvores no Jardim do SFB. Marina Silva trouxe e plantou uma muda de ingá como marco da reinauguração do órgão. Em comemoração aos 15 anos do primeiro edital de concessão florestal federal, Garo plantou um ipê branco, bem como as servidoras Maria Helena de Souza e Tereza e Tereza Pastore plantaram um ipê amarelo pelos 50 anos do Laboratório de Produtos Florestais.
Também participaram das comemorações Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, Mauro Pires, presidente do ICMBio e Túlio Gadelha, deputado federal. Além deles estavam presentes, Erika Kokay, deputada federal, Christian Fisher do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Hans Christian da KFW, Michael Rosenauer, presidente nacional da GIZ.
Histórico
O Serviço Florestal Brasileiro foi instituído como parte das prioridades da ministra Marina Silva para inibir as ocupações ilegais em terras públicas e incentivar o manejo florestal sustentável. O órgão foi criado em 2006 por meio da Lei 11.284, que regulamenta a gestão de florestas em áreas públicas e estabelece o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
Em 2019, o SFB foi transferido para o Ministério da Agricultura e Pecuária, retornando este ano ao MMA por meio da Lei 14.600/2023.