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Diálogos Amazônicos
Serviço Florestal debate estratégias de fomento e recuperação florestal nos Diálogos pan-amazônicos de biodiversidade
Coordenadora-geral de bioeconomia, Sandra Afonso, participa de painel sobre manejo florestal. Foto: André Aquino.
Pela manhã, o diretor de Fomento Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, André Aquino, compôs a mesa de discussão do painel que discutiu as estratégias de restauração florestal no país. André falou do trabalho do SFB na recuperação florestal de áreas públicas, como unidades de conservação e áreas não destinadas, por meio da Concessão Florestal. O diretor destacou que o Serviço Florestal lançou, em junho deste ano, primeiro edital de concessão para recuperação florestal em três florestas nacionais da mata atlântica. O diretor também destacou que o SFB apoia a recuperação florestal em propriedades privadas por meio do fomento à regularização ambiental, e planeja intensificar o apoio à implementação dos Projetos de Recuperação de Área Degradada e Altereada (PRADA).
O painel seguinte, que trouxe a discussão sobre estratégias de construção da bioeconomia na Amazônia, contou com a participação da coordenadora-geral de bioeconomia do SFB, Sandra Afonso. Ela falou sobre as perspectivas do Serviço Florestal no apoio ao manejo florestal comunitário para produção de madeira e de produtos da sociobiodiversidade e das ferramentas do órgão que fazem levantamento e análise de dados sobre a bioeconomia, como o Inventário Florestal Nacional e o Sistema Nacional de Informações Florestais. Por fim, destacou os instrumentos de fomento às cadeias de valor da bioeconomia, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal e as Concessões Florestais. “A concessão arrecada recursos que podem ser utilizados no território para fomento à bioeconomia. Nossa proposta é o desenvolvimento de polos em bioeconomia por meio do fortalecimento de cadeias de valor da floresta, atuando em conjunto com os povos e comunidades tradicionais e a agricultores familiares”, disse Sandra Afonso.
Coalizão Verde
Na segunda-feira (7/8), o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, participou do seminário Coalizão Verde, promovido pelo BNDES, como palestrante do painel sobre o papel das instituições financeiras no desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Para ele, a atuação dos bancos e instituições financeiras na promoção da bioeconomia é fundamental: “Essas instituições tem potencial de exercer um grande papel na promoção da bioeconomia na Amazônia, com apoio, aprimoramento de cadeias produtivas já existentes, como da castanha e do açaí, e também no desenvolvimento de novas cadeias de valor, beneficiando as comunidades locais com geração de emprego e renda. O mesmo pode ser feito para a cadeia de produtos madeireiros, com a modernização do parque industrial, e agregação de valor aos produtos do manejo florestal”.
A Coalizão Verde tem como objetivo promover soluções financeiras e condições propícias para criar e fortalecer atividades produtivas locais e impulsionar projetos social, ambiental e economicamente sustentáveis, respeitando as características locais e regionais.
Entre as áreas de trabalho, incluem-se melhorar a renda, o emprego, a segurança, o saneamento, a saúde e a educação; habilitar conectividade, infraestrutura verde e transição energética; promover a conservação e restauração do Bioma Amazônia; apoiar as Micro, Pequenas e Médias Empresas na geração de produtos e serviços de valor agregado em atividades econômicas favoráveis ao clima; e melhorar as capacidades institucionais e digitalização dos serviços públicos. Novos anúncios referentes à Coalizão devem ser feitos na próxima COP 28, em Dubai.