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Inventário Florestal Nacional
Serviço Florestal Brasileiro faz visita de campo para acompanhar o trabalho de levantamento de dados Inventário Florestal Nacional
Uma equipe do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) visitou, na segunda-feira (21/08), a Reserva Ecológica do Raso da Catarina no sertão da BA, para conferir como é feito o controle de qualidade de campo dos dados inventariados pelo SFB. A comitiva foi composta pelo diretor de fomento florestal do SFB, André Aquino, acompanhado pelo representante da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, Pablo Rebelo, e pelo representante do ICMBio, Dárlison Andrade. A equipe pôde observar como a metodologia é aplicada para realização do Inventário Florestal Nacional, desta vez, no Bioma Caatinga.
O IFN consiste na coleta de dados de campo, incluindo a medição de árvores, a coleta de amostras botânicas e de solo, e entrevistas com pessoas que utilizam as florestas no seu dia a dia. Assim, são avaliadas a qualidade e as condições das florestas e a sua importância para as pessoas. “O inventário florestal tem um papel muito importante nessa fase de transição ecológica do país. Entender os recursos florestais, quantificá-los, saber onde estão, como estão distribuídos é fundamental para desenhar e implementar políticas públicas de apoio à bioeconomia”, destacou André.
Com abrangência nacional e metodologia única para todos os biomas, a coleta de dados é realizada em pontos distribuídos a cada 20 km de distância por todo o país. São produzidas informações detalhadas e de forma regular sobre aspectos como a estrutura, composição, saúde e vitalidade das florestas, biomassa, estoques de madeira e de carbono. No momento, as equipes do IFN estão em campo nos estados da Bahia e do Piauí para finalizar a coleta de campo da Caatinga. A coleta é parte do projeto “ Informações sobre manejo florestal para a conservação e valorização dos recursos florestais no Brasil ”, que é executado em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por meio do Programa de Investimentos Florestais (FIP).
Para Dárlison, o Inventário Florestal Nacional (IFN) é uma iniciativa robusta que gera informações úteis para a gestão das Unidades de Conservação Federais, além de ser uma oportunidade para trabalhos integrados entre as equipes do ICMBio e do SFB, pensando em produtos analíticos de interesse de ambas as instituições. “O Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Programa Monitora) utiliza, no monitoramento das plantas arbóreas, metodologia similar à que tem sido utilizada no IFN para quantificar biomassa vegetal. O SFB e o ICMBio podem atuar em colaboração no incentivo a pesquisas científicas que possam responder perguntas de interesse e no fortalecimento e fomento aos empreendimentos florestais dentro e fora de unidades de conservação”, pontuou o representante do ICMBio.
Da equipe do SFB, participaram Humberto Mesquita, coordenador-geral de informação florestal; Tiago Cruz, coordenador do IFN, Adriano Cezario Ferreira, analista ambiental; os consultores de controle de qualidade Daniel Costa Carneiro, Luana Duarte de Faria e Paola Aires Lócio de Alencar.
Inventário Florestal Nacional
Com mais da metade do território (55%) coberto por florestas e abrigando a maior extensão de florestas tropicais do planeta, conhecer e monitorar toda a biodiversidade florestal é uma necessidade e um desafio para o Brasil.
O IFN deverá ser realizado periodicamente, com as medições sendo repetidas nos mesmos locais. Com isso, será possível também acompanhar as mudanças desses aspectos ao longo do tempo.
Além de disponibilizar para toda a sociedade dados sobre a situação das florestas brasileiras, as informações apoiam a formulação de políticas públicas e ajudam a identificar estratégias e oportunidades para o uso sustentável, recuperação e conservação dos recursos florestais.
Os resultados também atendem à demanda crescente de informações das organizações e de governos em acordos internacionais sobre florestas, instituições de pesquisa, universidades, entre outros.
Raso da Catarina
A Estação Ecológica do Raso da Catarina foi instituída pelo Decreto Federal nº 88.286 de 03/01/83 e localiza-se à margem esquerda do rio Vaza Barris e a margem direita do rio São Francisco, a oeste da cidade de Paulo Afonso.
A vegetação é típica de Caatinga arbustiva com abundância de xique-xique, bromeliáceas terrestres e grande densidade de mandacaru. Constituída principalmente de arvoretas e arbustos, a vegetação apresenta deciduidade durante a seca, não se verificando a presença de epífitas e cipós. A fauna da região é abundante, destacando a arara-azul-de-lear ( Anondorynchus leari ), ave rara cuja população felizmente tem aumentado nos últimos anos com os esforços de conservação.
Com informações do Ibama