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Bioeconomia
Fomento a Bioeconomia por meio do Manejo Florestal Comunitário é tema de debate
Oficina de Manejo Florestal Comunitário e Familiar na Amazônia
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) promoveu, na última sexta-feira (10/11), a oficina Manejo Florestal Comunitário Familiar na Amazônia: Caminhos para Bioeconomia Inclusiva. O encontro aconteceu no Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima e teve como objetivo ampliar conhecimentos por meio de consultas a especialistas e comunitários para levantar demandas e subsidiar ações do SFB.
O diretor de Fomento Florestal do SFB, André Aquino, destacou o papel das comunidades tradicionais na bioeconomia. “As comunidades locais são protagonistas dessas ações, então, como preconizado pela quinta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), a retomada de um programa de apoio ao manejo florestal comunitário e familiar é uma parte importante da economia e da agregação de valor com distribuição de renda da floresta”.
O SFB apresentou as ações para bioeconomia junto a parceiros, tais como o levantamento de iniciativas de manejo florestal comunitário e implementação de sistema de informação, a sistematização de documentos técnicos, a definição de critérios de seleção de áreas estratégicas para fomentar, o levantamento e análise de fundos e créditos para o manejo florestal comunitário, entre outros.
Durante a manhã, foram debatidos Créditos e Fundos Não Reembolsáveis para o manejo florestal. Arthur Bragança, do Banco Mundial, destacou que a instituição quer oferecer créditos mais baratos em condições melhores para que a aplicação de recursos chegue à ponta. “Além do apoio financeiro para acesso ao mercado de bioeconomia, também queremos levar infraestrutura, conectividade digital para as pequenas comunidades”, ressaltou.
Em relação a mesma temática, Robson Lopes, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, apresentou as linhas de crédito, Luiz Azevedo, do SFB, apresentou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e Fabiana Prado, do Instituto de Pesquisas Ecológicas, o Fundo Lira.
Ainda, os participantes puderam fazer perguntas e propor soluções, bem como conhecer a plataforma Saberes da Floresta, que oferece cursos a distância com foco em soluções e inovações tecnológicas para o desenvolvimento florestal brasileiro.
O segundo debate, contou com a presença de Isabel Silva, gerente de formação e qualificação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), e de Ana Euler, diretora executiva de negócios da Embrapa, e foi referente à assistência técnica e extensão para atividades florestais e assessoria aos empreendimentos comunitários. Na sua explanação, Ana Euler ressaltou a necessidade de avançar nos projetos de difusão do manejo comunitário, comunicar tecnologias e entender os gargalos tecnológicos das cadeias florestais.
Ana também abordou o acesso aos fundos de financiamento. “A construção de métricas indicadoras pode ajudar os projetos a acessar os créditos junto aos bancos. Hoje isso é muito difícil, principalmente para o manejo madeireiro. Os bancos se sentem ainda carentes de métricas, indicadores técnicos-científicos que possam diminuir o risco do investimento deles”.
O encontro contou com o apoio do Observatório de Manejo Florestal Comunitário (OMFC) e do Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS) e foi realizado de forma complementar às discussões realizadas nos dois dias anteriores, pelas comunidades e parceiros, acerca do tema.