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SFB destaca desafio do setor florestal para a recuperação de áreas degradadas
Foto: Ascom/SFB.
“O Brasil hoje, tem em torno de 43 milhões de hectares de passivos a serem recuperados ou compensados, segundo os dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR)”. Com esta fala, o diretor de Regularização Ambiental Rural do Serviço Florestal Brasileiro, Marcus Vinícius Alves, destacou o desafio que o setor florestal tem pela frente e deu um panorama dos processos de concessões que o SFB está organizando, durante a mesa de abertura da Oficina “Indicadores da Vegetação para o Monitoramento e Avaliação da Recuperação Ambiental”, nessa segunda-feira (25), em Brasília/DF.
A oficina é organizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que cedeu o auditório em sua sede para o evento até esta sexta-feira (29). O evento faz parte de um plano estratégico que reúne diversas instituições e visa promover ações voltadas à restauração ecológica no Brasil.
De acordo com o Planaveg (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa), o Brasil tem o compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030. No Planaveg 2025-2028 é estimado que 1,3 milhão de hectares em Unidades de Conservação Federais, 1,7 milhão de hectares em Terras Indígenas (TIs) e 20,7 milhões de hectares em imóveis rurais, incluindo 2,8 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e 17,8 milhões de hectares de Reservas Legais (RL), sejam áreas passíveis de recuperação.
Para alcançar esses objetivos, é essencial estabelecer procedimentos e protocolos claros para avaliar o sucesso dos esforços de restauração ecológica, além de fortalecer a segurança jurídica para a aprovação, implementação, acompanhamento e monitoramento dos projetos por órgãos ambientais.
Neste sentido, a Oficina tem como objetivo produzir recomendações técnicas para a avaliação dos resultados da recuperação ambiental por meio de indicadores de vegetação, valores de referência e protocolos de monitoramento no âmbito do Ibama e do ICMBio. Para isso, o evento conta com a participação de técnicos e analistas de órgãos públicos ambientais, além de representantes do setor privado que atuam na cadeia da restauração ecológica.
A realização da oficina conta com parceria da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID Brasil) e o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), além de apoio do ASL Brasil - Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, do Projeto Mata Atlântica - Biodiversidade e Mudanças Climáticas, e do Projeto GEF Terrestre - Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal.
Texto: Serviço Florestal Brasileiro, com informações do Comitê Interinstitucional de Apoio para Ações de Restauração • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 2028.2024