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Prêmio incentiva produção de estudos de economia e mercado florestal
Imagem: Serviço Florestal Brasileiro.
Reconhecer trabalhos realizados no campo de estudos florestais e receber contribuições e propostas aplicáveis às políticas públicas voltadas ao setor. Esses são os principais objetivos do VII Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, que está com as inscrições abertas até o dia 30 de junho de 2022.
A iniciativa, também conhecida como Prêmio SFB de Monografias, premiará trabalhos elaborados de forma individual ou em grupo, nas categorias Profissional ou Graduando, de candidatos de qualquer nacionalidade e formação acadêmica que atendam às condições do Edital nº 2/2022. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do formulário eletrônico disponível neste link.
Para promover a discussão sobre a temática da economia e do mercado da produção florestal sustentável na academia e nos setores produtivos, o concurso tem como subtemas: concessões florestais; PIB Verde; sistema tributário do setor florestal; comércio internacional; tendências para os segmentos de florestas plantadas e/ou nativas; impactos econômicos e de mercado da Lei de Proteção da Vegetação Nativa; instrumentos econômicos e financeiros voltados ao setor florestal; dentre outros.
O prêmio vai conceder, na categoria Graduando, R$ 20 mil para o primeiro colocado, R$ 10 mil ao segundo colocado e R$ 5 mil ao terceiro. Já na categoria Profissional os valores são R$ 25 mil para o primeiro lugar, R$ 15 mil para o segundo lugar e R$ 10 mil ao terceiro colocado. Também faz parte da premiação a entrega de troféu e certificado, além da publicação da monografia em formato eletrônico.
Os critérios de avaliação adotados pela Comissão Julgadora para a análise dos trabalhos incluem: importância do tema do trabalho; originalidade da pesquisa; contribuição para a produção de conhecimento na área; relevância e contribuição para aplicação na administração pública, com ênfase nas políticas relacionadas ao SFB; qualidade da argumentação; adequação metodológica e clareza; e concisão e correção do texto.
PIB Florestal
Dentre os vencedores da última edição do prêmio, realizada em 2019, está o doutorando em Economia e engenheiro florestal Edson Rodrigo Toledo Neto, que conquistou o primeiro lugar na categoria Profissional. Ele conta que o seu trabalho aborda alternativas para a definição do Produto Interno Bruto (PIB) Florestal via Sistema de Contas Nacionais (SCN), no lugar do PIB Verde preconizado pelas Nações Unidas.
“O objetivo foi demonstrar como é possível estimar, de forma confiável e compatível com a teoria econômica, o PIB de setores econômicos não contemplados ou tratados de forma explícita na Matriz de Insumo-Produto (MIP) do IBGE”, explica Toledo.
Outra finalidade do trabalho foi “propor um novo arranjo setorial da MIP, permitindo a sua integração com os dados do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa nacional e Balanço de Energia, a partir do qual são obtidas as intensidades de carbono e energética dos setores econômicos, e, em especial, do setor florestal”, diz Toledo.
>> Clique aqui para ler os trabalhos premiados em 2019
O doutorando em Economia ressalta que ações como a premiação do Serviço Florestal Brasileiro estimulam a produção de pesquisas e estudos. “É importante parabenizar e reconhecer o enorme incentivo aos pesquisadores e à ciência, em última instância, que iniciativas como a do Prêmio do SFB são capazes de gerar, com efeitos multiplicadores na sociedade e sem precedentes”.
Bioeletricidade
O uso da bioeletricidade florestal no Brasil foi o tema abordado pelo primeiro colocado da categoria Graduando, na edição de 2019. O trabalho é de autoria do doutorando em Tecnologias Energéticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edvaldo Santos.
“O principal objetivo foi analisar a concentração e identificar as conglomerações da oferta brasileira de bioeletricidade florestal, no ano de 2018. O uso da bioeletricidade florestal auxilia no desenvolvimento das energias renováveis no país. Além disso, é uma forma de aumentar a eficiência energética nas indústrias do setor florestal, gerando também redução de custos, a partir do reaproveitamento de resíduos”, diz o doutorando.
Ao falar sobre a conclusão do trabalho, ele explica a relevância do tema. “Conhecer melhor como ocorre a distribuição da bioeletricidade florestal auxilia o entendimento do setor no país e serve de subsídio para novos investidores e formuladores de políticas públicas. O estudo identificou que a oferta a partir dos recursos florestais está concentrada na região Centro-Sul do país, próximo às indústrias de celulose e papel, siderúrgicas e serrarias”, afirma.
Edvaldo revela que planeja participar novamente da premiação, mas concorrendo em outra categoria. “A iniciativa é de grande enriquecimento e estímulo para pesquisadores, principalmente os que se encontram no início da caminhada acadêmica, como é meu caso. Após ser premiado desenvolvi novos trabalhos na área, como no meu mestrado, por exemplo, e espero logo em breve concorrer novamente, desta vez na categoria Profissional”.
O VII Prêmio é promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), responsável pela realização da edição 2022, e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail premios@enap.gov.br.