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Diretores do Serviço Florestal Brasileiro participam de coleta de espécie de cupim para pesquisa
Foto: Serviço Florestal Brasileiro.
A missão era coletar um ninho de Nasutitermes corniger, uma espécie de cupim (térmita) que provoca imensos prejuízos em móveis e construções em madeira por todo o país. O cupim coletado será utilizado como material de pesquisa no LPF.
O ninho foi detectado pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), Reginaldo Constantino, no próprio campus da universidade, durante uma caminhada matinal. “Assim que ele descobriu, entrou em contato conosco e começamos a organizar os preparativos para a coleta. Há muito tempo o Laboratório tem dificuldade para realizar ensaios para avaliar a resistência das madeiras aos cupins pela dificuldade de se manter viável um ninho desse tipo”, afirmou Fernando Gouveia, responsável pela Divisão de Pesquisa do LPF.
“Para que o LPF não ficasse sem esse importante tipo de informação, buscamos parcerias com outras universidades do país que tem mais facilidade em encontrar ninhos desse tipo de cupim”, completou José Roberto, responsável pela área de Biodegradação e Preservação.
O cupim coletado tem grande importância econômica por ser considerado praga em outras regiões do Brasil, principalmente no litoral. Para Marcelo Fontana, pesquisador da área de Biodegradação e Preservação do LPF, “Testar espécies de madeiras ao seu ataque fornece informações importantes para evitarmos utilizar madeiras suscetíveis em construções”.Para que fosse possível a coleta do material, a equipe contou com a participação do pesquisador Hélder Carvalho, cuja habilidade com a motosserra, contribuiu para o êxito da missão.
Fernando Gouveia disse que a participação dos diretores do SFB nessa atividade foi um marco na história do LPF. “É muito bom termos dirigentes conscientes da importância e das potencialidades de um Centro de Pesquisa como o Laboratório de Produtos Florestais”, afirmou Fernando.
O professor Reginaldo Constantino é coordenador do Laboratório de Termitologia do Instituto de Ciências Biológicas da UnB. Ele é um dos maiores especialistas em térmitas do país e atua em parceria com os pesquisadores da área de Biodegradação e Preservação da madeira do Laboratório de Produtos Florestais.