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Workshop aponta as concessões florestais como caminho para a legalidade no setor florestal
Foto: Serviço Florestal Brasileiro.
O Serviço Florestal Brasileiro participou do Workshop Fórum de Soluções em Legalidade Florestal: Diálogos sobre a Produção da Madeira na Amazônia. O encontro virtual foi organizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e reuniu representantes do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil, que possuem atuação na agenda de produção, manejo e atividade de controle na área florestal.
A pauta das concessões florestais foi destaque no debate. Atualmente, há 1,05 milhão de hectares de florestas públicas sob contratos de concessão florestal federais na Amazônia. Essa área está produzindo, neste ano, aproximadamente 253 mil m³ de madeira, o que representa 2,5% a 3,5% da produção na região. Dessa discussão, foi ressaltada a necessidade de fortalecer o programa de concessão florestal em um esforço conjunto entre Governo Federal, estados, setor privado, ONGs e comunidades tradicionais.
De acordo com o coordenador-geral de Monitoramento e Auditoria Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, José Humberto Chaves, “existe a perspectiva de ampliar a área de concessões para 4,8 milhões de hectares, podendo alcançar 2,4 milhões de m³ de madeira produzida, além de gerar cerca de 20 mil empregos diretos e 20 mil empregos indiretos”. Durante o encontro, representantes do Imaflora, IBAMA, Serviço Florestal Brasileiro, Confloresta e Fundação Florestal de São Paulo também apresentaram um panorama dos desafios e possíveis caminhos para aumentar a legalidade no setor florestal.
“A contribuição do Serviço Florestal Brasileiro para melhorar a legalidade no setor florestal se divide em duas frentes: uma por meio do fomento à produção de madeira sustentável com a ampliação das áreas concedidas e outra por meio do desenvolvimento e implementação de novas ferramentas de monitoramento florestal”, destacou José Humberto Chaves.
Para o gerente do Imaflora, Leonardo Sobral, o evento foi uma oportunidade de ampliação do debate acerca da união entre sustentabilidade e produtividade na agenda florestal. “Ficou claro que precisamos de espaços de diálogos que propiciem essa construção coletiva em busca de soluções e nesse sentido só através da união de esforços entre sociedade civil, empresas e governo encontraremos o caminho para aumentar a legalidade no setor florestal na Amazônia. Ficou evidente que há um propósito em comum que é manter a floresta em pé através do manejo florestal”, disse.
Os desafios e soluções para um maior avanço da legalidade no setor florestal são grandes e exigem comprometimento de todos os setores. Nesse aspecto, o encontro mostrou que os caminhos para fortalecer a produção florestal de forma sustentável virão a partir do diálogo e de uma construção coletiva em prol do desenvolvimento do Brasil.