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Cadeia do açaí e da castanha encerra série de webinários sobre a bioeconomia da floresta
Imagem: Serviço Florestal Brasileiro.
A série de webinários sobre a Bioeconomia da Floresta encerrou hoje (30) com o tema “Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento da Cadeia do Açaí e da Castanha nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima”. O encontro foi organizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Embrapa, da Conab e do Banco da Amazônia.
O diretor-geral adjunto do Serviço Florestal Brasileiro, João Crescêncio, e o presidente do Comitê Gestor do Portfólio Amazônia da Embrapa, Judson Ferreira Valentim, fizeram a abertura do seminário virtual. João Crescêncio disse que “a bioeconomia da floresta é um dos temas relevantes da agenda do SFB, uma vez que o fortalecimento da cadeia de produtos da sociobiodiversidade é um aliado da gestão florestal”.
“Os produtos oriundos da floresta são instrumentos econômicos importantes que geram renda para as comunidades que vivem nela, além disso, ensinam que preservá-la, que deixar a floresta em pé é mais valioso para elas e para todos”, afirmou Crescêncio.
Judson Valentim destacou o desafio da Embrapa de agregar valor aos produtos da sociobiodiversidade. “A manutenção da floresta precisa gerar não só serviços ambientais de importância globais, mas também gerar renda para que a população que é a guardiã dessa floresta tenha renda e qualidade de vida para si e seus filhos”, disse.
“A Embrapa estruturou o Portfolio Amazônia, que tem, dentre outros, o desafio de agregar valor aos produtos da biodiversidade. Fomentar com inovação não só tecnológica, mas social também. O desenvolvimento dessas cadeias é agregar valor e também fazer a transição das centenas de milhares de famílias que ainda dependem da agricultura para sistemas mais produtivos e sustentáveis”, concluiu Valentim.
Biodiversidade
O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta, apresentando mais de 20% do número total de espécies de todo o mundo, sendo considerado a principal nação dentre os 17 países megadiversos. No contexto da biodiversidade, a atividade extrativista representa R$ 4,3 bilhões, segundo dados do IBGE. Desse montante, cerca de R$ 1,6 bilhão (37%) são oriundos da produção florestal não madeireira.
As florestas brasileiras, públicas e privadas, oferecem oportunidade para a extração de produtos florestais não madeireiros, e, dessa forma, contribuem para a segurança alimentar e geração de renda para as comunidades que vivem nessas áreas. Segundo dados do IBGE, em 2018, os produtos da biodiversidade que mais arrecadaram foram o açaí e a erva-mate, com faturamento anual de R$592 milhões e R$468 milhões, respectivamente.
Webinários
O Serviço Florestal Brasileiro produziu sete webinários sobre desafios e oportunidades para o desenvolvimento das cadeias da sociobiodiversidade: pinhão na região Sul; pinhão no sul de Minas Gerais; pequi e outros frutos do Cerrado no norte de Minas Gerais; pequi e outros frutos do Cerrado em Goiás e na Ride-DF; babaçu no Maranhão e Piauí; açaí e castanha no Amapá, Mato Grosso e Pará e açaí e castanha no Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
Os eventos foram transmitidos pelo canal do SFB no Youtube e tiveram um alcance com mais de 4 mil visualizações. Os vídeos ficarão disponíveis para acesso dos interessados no endereço: Youtube.com/SFBflorestal