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NOTA À IMPRENSA
Ministério da Fazenda participa em Pequim do Fórum Financeiro Brasil-China
Foi realizado nesta terça-feira (19/3), em Pequim, o Fórum Financeiro Brasil-China, organizado pelo Ministério da Fazenda da China, em conjunto com Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês), em parceria com o Ministério da Fazenda do Brasil e detido apoio da Embaixada do Brasil na China.
O encontro se deu no marco da 10ª Reunião da Subcomissão Econômico-Financeira da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), copresidida, ontem, dia 18 de março, pelo Ministério da Fazenda do Brasil e o Ministério das Finanças da China
Com o tema de “Consolidando novo apoio para cooperação financeira e promovendo o desenvolvimento sustentável da cooperação econômica, comercial e de investimento Brasil-China”, o Fórum contou com a fala da embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, sobre a importância de aprofundar o conhecimento e o relacionamento entre as instituições financeiras do Brasil e da China para avançar na parceria econômica bilateral.
Além do Ministério da Fazenda, discursaram na abertura a diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Natalia Dias; a diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marina Copola; e a diretora da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Julia Lins.
O encontro contou com participação expressiva de instituições financeiras e empresas brasileiras e chinesas, que reforçaram a importância dos avanços na cooperação financeira para os operadores do mercado. Pelo Brasil, participaram Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Suzano, B3, Banco Bocom BBM, SPX Capital Brasil, CICC Brasil. Pela China: Banco ICBC, Banco da China, Bolsa de Valores de Xangai, State Grid, Banco China Exim, Grupo CRRC e Sinosure. Além disso, houve a contribuição de duas instituições financeiras multilaterais com sede na China, das quais o Brasil é membro fundador: NDB e AIIB.
O evento abordou, em suas três sessões temáticas, a integração financeira e a cooperação em pagamentos em moedas locais; o financiamento verde e a cooperação em desenvolvimento sustentável; e a interconectividade de infraestrutura e cooperação para investimento e financiamento.
Houve grande convergência de visões entre os participantes sobre o potencial para o desenvolvimento da cooperação entre os mercados de capitais dos dois lados e para o impulso que o uso de moedas locais pode oferecer para a ampliação do comércio e dos investimentos. O Brasil indicou que o arcabouço jurídico brasileiro permite contratos de câmbio em RMB e a quantidade e o volume dessas operações são crescentes.
A cooperação em finanças verdes, energias limpas e transição energética, além da infraestrutura sustentável e minerais e produtos associados, ganharam destaque como vertentes para impulsionar ainda mais os fluxos financeiros e econômicos bilaterais, mas também os investimentos na nova industrialização do País. Apresentou-se o Plano de Transformação Ecológica e suas principais iniciativas: criação do mercado regulado de carbono, emissão de títulos soberanos sustentáveis, taxonomia sustentável nacional, reformulação do Fundo do Clima e criação de programa de proteção cambial para minimizar os riscos associados à volatilidade do câmbio nos investimentos de longo prazo.