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G20 Social na Trilha de Finanças discute reforma das estruturas econômicas de governança global
O público participou das discussões por meio da realização de perguntas após as considerações iniciais da mesa.
Foto:Joe Peoples/IPI
O G20 Social na Trilha de Finanças, em parceria com o International Peace Institute (IPI), realizou, na tarde desta quinta-feira (26/9), um evento sobre a reforma da governança das estruturas econômicas globais. A abertura do evento foi feita pelo vice-presidente do IPI, Adam Lupel, e pela assessora especial do Ministério da Fazenda, Fernanda Santiago.
Santiago lembrou que a governança global é um ponto central da administração do presidente Lula e que a participação da sociedade civil reforça o engajamento nas propostas. "A economia global evoluiu dramaticamente nas últimas décadas, com a expansão do comércio, cadeias de valor globais e digitalização. Essas mudanças pedem uma reforma de governança global que seja mais adequada para os dias atuais".
O Ministério da Fazenda foi representado, na mesa de palestrantes, por Karin Vazquez, coordenadora-geral para a reforma das Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs); e pela coordenadora-geral do G20 Social na Trilha de Finanças, Tatiana Berringer. Também falaram o primeiro secretário do Ministério das Relações Exteriores, Flávio Pazeto; o diretor suplente do escritório do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), Bruno Saraiva; a fundadora do One Family Foundation, Jeroo Billimoria; a subsecretária-geral e assessora especial para África da Organização das Nações Unidas (ONU), Cristina Duarte.
O evento contou com a participação de mais de cem pessoas, representando mais de 60 organizações.
Debates
A assessora especial do Ministério da Fazenda, Fernanda Santiago, destacou a importância da governança
global durante a abertura do evento. Foto: Joe Peoples/IPI
Durante o evento, o público pode participar das discussões por meio da realização de perguntas após as considerações iniciais da mesa, que passaram não apenas pelas reformas estruturais de grandes instituições, como o FMI e os MDBs, mas também pela necessidade de representatividade de gênero.
Erley Santos, do Favelas20, perguntou aos presentes se as favelas e comunidades em situação de vulnerabilidade econômica estavam sendo consideradas dentro das discussões sobre reforma da governança das grandes instituições. "Sonho em ver as favelas e outras comunidades dentro dessas prioridades", pontuou Billimoria em resposta ao questionamento feito pela participante.
Karin Vazquez lembrou o roteiro para MDBs melhores, maiores e mais eficazes. O documento será entregue pela presidência brasileira do G20 e pode ser instrumento para financiar ações da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa determinada pelo presidente Lula. "Além disso, a reforma da governança dessas instituições é essencial na construção do caminho para atingirmos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável", disse. A coordenadora lembrou ainda que a discussão desta tarde acontece no contexto da Assembleia Geral da ONU e que isso é importante para a continuidade de trabalhos que serão legados do Brasil à frente do G20 e podem ser levados a outras instituições como a própria ONU.
Em sua fala de encerramento, Tatiana Berringer destacou a importância de termos representantes nos diálogos promovidos pela iniciativa do G20 Social. "As pessoas são o motor da economia. Se não ouvirmos suas sugestões, não atingiremos os resultados reais que precisamos nesse tipo de negociação multilateral", disse.
O próximo evento do G20 Social na Trilha de Finanças será em Washington, às margens das reuniões anuais do FMI e Banco Mundial. Ele deve fazer um balanço dos 25 anos da Trilha de Finanças do G20, debater dívida e tributação.