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Brasil lança, em Nova Iorque, a Plataforma Global de Líderes Femininas em Finanças
Uma iniciativa do Ministério da Fazenda (MF), em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), lançou nesta segunda-feira (23/9), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a Plataforma Global de Líderes Femininas em Finanças. Dentre as autoridades presentes na abertura, destacam-se a primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva; o secretário-executivo adjunto do MF, Rafael Dubeux, representando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; e a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
A plataforma é um chamado à ação que possa promover um grande espectro de soluções financeiras que possam dar apoio a países em desenvolvimento com o objetivo de implementar uma transição justa e verde com equidade de gênero.
"Para a efetivação do ODS [Objetivo do Desenvolvimento Sustentável] 5, precisamos colocar mais mulheres na centralidade de construção de políticas públicas. Essa plataforma pode fortalecer o papel transformador das mulheres na economia global", afirmou a primeira-dama.
Dubeux citou algumas das mulheres que atuaram na construção do evento, como a assessora Especial Fernanda Santiago; a secretária de Assuntos Internacionais e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, embaixadora Tatiana Rosito; e a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Cristina Reis. Ele exemplificou, com ações do ministério, o papel crucial que mulheres têm tido na construção do desenvolvimento do país. "Gostaria de realçar dois pontos de ação que, em particular que têm sido importantes: a taxonomia do que são atividades sustentáveis e o esforço de redução do impacto ambiental, agenda baseada em inovação e tecnologia, exemplificou.
Diálogos de alto nível
Dentre os temas abordados nos paineis e falas, os presentes puderam ouvir sobre a promoção da liderança feminina com justiça climática e equidade de gênero; o financiamento para uma transformação ecológica justa, com equidade de gênero e em escala; e o papel dos bancos multilaterais de desenvolvimento como peça para alavancagem de financiamentos públicos e privados nas finanças sustentáveis, com foco na transição ecológica verde justa na América Latina.
A embaixadora Tatiana Rosito enfatizou a conexão entre a agenda do G20 e o fortalecimento da presença de mulheres, lembrando o evento em nível de vice-ministros realizado pela Trilha de Finanças com o GT de Empoderamento feminino na última quarta-feira (18). Ela apresentou dados que revelam uma desigualdade extrema: caso o trabalho doméstico e de cuidado feminino fosse pago, poderia chegar a 40% do PIB em alguns países e globalmente, poderia acrescer em 25 trilhões o PIB mundial. "É crucial entender que assegurar a autonomia financeira a mulheres depende do combate a desigualdades nos mercados de trabalho e na economia global."
O evento contou ainda com a participação da assessora do MF, Keiti Gomes; Viviane Varga, secretária-adjunta do Tesouro Nacional e outras representantes do governo brasileiros e organizações nacionais e mundiais.