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Última reunião de deputies da Trilha de Finanças é realizada em Washington e antecede encontro de nível ministerial
Os deputies concluíram de forma bem-sucedida, na terça-feira (22/10), as negociações técnicas da Trilha de Finanças do G20. Os resultados serão apreciados a nível ministerial. O encontro antecede a 4ª reunião de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais, que começou nesta quarta-feira (23/10) e será encerrada amanhã. A delegação brasileira foi chefiada pela coordenadora da Trilha de Finanças e secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, para quem a última sessão dos deputies representou a conclusão “dos nossos esforços coletivos durante cinco reuniões, quase 50 reuniões técnicas em 11 linhas de trabalho, 40 eventos paralelos e mais de 550 reuniões bilaterais e com co-coordenadores”.
“A presidência brasileira do G20 introduziu uma agenda ambiciosa, mas alcançável focada em “construir um mundo justo e um planeta sustentável”, abordando questões-chave como inclusão social, combate à fome e à pobreza, transições energéticas e reforma das instituições de governança global. A Trilha de Finanças foi incumbida da responsabilidade de fornecer soluções técnicas e meios financeiros para apoiar esses objetivos abrangentes. Como resultado, produzimos mais de 130 notas do G20, Notas da Presidência, relatórios e documentos de contribuição”, complementou Rosito.
COP e mulheres
Antes da sessão de deputies, representantes brasileiros participaram, na manhã de terça-feira (22/10), de uma mesa redonda, chamada International Sustainable Finance Architecture: Keeping the Momentum and Ambition for Delivery Between COPs. O evento foi uma oportunidade de estabelecer pontos de contato entre a agenda brasileira na Trilha de Finanças do G20 e com a COP que será sediada no Brasil.
Rosito pontuou que “a ideia de conectar os resultados do G20 com a próxima COP 29, quando discutiremos a Nova Meta Quantificada Coletiva, não é apenas oportuna, mas também reafirma a disposição de nossos países em materializar nossos diálogos frutíferos e prospectivos e fazer bom uso dos resultados do G20. Isso é fundamental para acelerar nossa jornada rumo a um futuro sustentável e resiliente”.
A secretária ressaltou que as linhas fundamentais da atuação internacional do Ministério da Fazenda também servirão para os trabalhos para a COP: “O Governo Brasileiro e o Ministério da Fazenda estão altamente comprometidos com o combate às mudanças climáticas. Precisamos abordar conjuntamente a necessidade de ação climática e os imperativos de redução da pobreza e da desigualdade. Nesse sentido, o debate que conduzimos ao longo de nossa presidência do G20 se conecta com a importância de planos de transição que sejam críveis, para garantir a confiança dos investidores; robustos, para resistir a desafios e incertezas; e justos e inclusivos, para garantir que ninguém fique para trás”.
O Brasil também divulgou na terça-feira, durante a 5ª reunião de deputies das finanças, uma declaração da presidência do G20, em conjunto com o Grupo de Empoderamento das Mulheres da trilha de Sherpas do G20, que advoga a necessidade de maior presença feminina nos espaços de direção das instituições financeiras internacionais.
Entre outras coisas, a declaração ainda defende a necessidade de esforços para a diferença salarial entre homens e mulheres seja eliminada e que políticas de transição e de combate à pobreza considerem a questão de gênero em suas formulações.