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Secretário de Política Econômica defende destinação de recursos de bancos multilaterais para combate à fome
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, defendeu, durante reunião de delegados do G20, que os bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês) façam parte de esforços internacionais de combate à fome e à pobreza.
“Entendemos a política de erradicação da fome ao redor do mundo como uma política de impacto econômico. Estamos trabalhando para tornar nossos bancos multilaterais de desenvolvimento melhores, maiores e mais eficientes”, disse. “Precisamos equalizar o problema da dívida em diversos países, que vem drenando recursos para o custeio de programas sociais. Precisamos explorar novas formas de financiamento, incluindo formas inovadoras de tributação”, complementou.
A fala de Mello ocorreu durante o evento “Brasil Sem Fome”, nesta quarta-feira (20/3), como parte da programação da 2ª Reunião da Força Tarefa do G20 para estabelecimento de uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
Como representante do Ministério da Fazenda, o secretário destacou o papel da pasta no desenvolvimento dos debates sobre o tema da fome no interior do G20: “Desde a Trilha de Finanças do G20, há muito que podemos fazer para apoiar essa Força Tarefa. Esperamos que parte dos recursos concessionais dos bancos de desenvolvimento possam ser canalizados para a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”.
Mello também apontou que a conjuntura internacional exige um incremento da cooperação entre os países, através de uma reconfiguração do multilateralismo e de uma definição clara das prioridades sociais e de seu custeio.
“Precisamos construir uma nova globalização socioambiental. Nosso desafio é coletivo e precisamos agir de forma coordenada. O combate à fome em escala global deve ser parte necessária dessa nova globalização. Precisamos explorar novas formas de financiamento, incluindo formas inovadoras de tributação. Fazer os super ricos pagarem sua justa contribuição em impostos é fundamental”, pontuou.
Participaram também do evento sobre o programa “Brasil sem Fome” a ministra substituta de Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine.