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Confira o balanço da segunda reunião do Grupo de Trabalho de Economia Global
A coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Economia Global da Trilha de Finanças do G20 e subsecretária de Acompanhamento Macroeconômico e Política Comercial do Ministério da Fazenda, Julia Braga, realizou nesta quinta-feira (28/3) um balanço da segunda reunião do coletivo, realizada durante dois (27 e 28/3) em Brasília. A coordenadora falou junto de Cyntia Azevedo, representante do Banco Central do Brasil no GT.
Julia Braga enfatizou que o grupo tem compartilhado formas de combate à desigualdade por meio de experiências de cada país. “Essa segunda reunião, a primeira presencial, foi bastante focada no tema da desigualdade. Tanto em relação à desigualdade dentro de cada país, bem como na economia global, entre os países."
De acordo com a coordenadora, houve um consenso sobre a necessidade de se fortalecer a ótica da desigualdade “como critério para escolha de políticas econômicas, principalmente a política fiscal”. “Houve o entendimento que o padrão de crescimento econômico deve levar em conta a variável da distribuição, de que a desigualdade é um critério importante”, acrescentou.
Ao destacar a complexidade do debate sobre a temática, abordada enfaticamente de forma inédita pela presidência brasileira no G20, Julia Braga lembrou que as disparidades não se limitam às diferenças de renda, mas também de acesso a serviços públicos. Além disso, durante a reunião, os países e organizações internacionais se debruçaram sobre a mensuração da desigualdade e como enfrentá-la globalmente.
Segundo a coordenadora, não existe uma única receita que vai servir para diversas realidades. Os países puderam compartilhar vários exemplos de casos bem-sucedidos para redução da desigualdade. "Foi reconhecida a importância do debate sobre taxação dos super-ricos. Também foi reiterada a progressividade na tributação e medidas de proteção social — com gastos sociais — além do aumento do salário mínimo acima da inflação”, concluiu.
Cyntia Azevedo destacou os avanços nos trabalhos e discussões. “Tivemos as discussões sobre crescimento econômico e desigualdade, assim como os impactos econômicos da desigualdade. Esse é um tema central da presidência brasileira. Estamos construindo os resultados que queremos para esse grupo. Estamos entrando nos detalhes”, sintetizou.
Mais duas reuniões do Grupo de Trabalho de Economia Global estão previstas até o final da presidência brasileira.