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Evento da Trilha de Finanças dialoga com bancos públicos de desenvolvimento
A Trilha de Finanças do G20 promove, nesta segunda e terça-feira (20 e 21/5), o evento “Construindo Soluções Financeiras Sustentáveis: Um diálogo entre bancos públicos de desenvolvimento e o G20”. O encontro, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), no Rio, é uma parceria do G20 com o BNDES, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e a rede global Finance in Common (FiCS) – fórum criado em 2020, que reúne mais de 530 bancos públicos, entre multilaterais, regionais, nacionais e subnacionais, com mais de USD 23 trilhões em ativos e emprestam USD 2,5 trilhões, anualmente. O encontro tem por objetivo propor para o G20 a busca de soluções de impacto para o financiamento sustentável.
Participaram da abertura a coordenadora da Trilha de Finanças e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito; o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa; e o chairman do Finance in Common, Rémy Rioux.
"Aqui pretendemos discutir, junto à equipe que atua no G20, o incremento de finanças com o objetivo de enfrentar desafios de desenvolvimento e mudanças climáticas", disse a embaixadora Tatiana Rosito. Ela destacou que aguarda ansiosamente as contribuições que devem sair do evento, uma vez que a temática é imperativa e precisa ser discutida com urgência.
"Esse diálogo se torna especialmente importante e delicado considerando a tragédia que o Rio Grande do Sul está enfrentando devido às enchentes que afetaram todo o estado e que impactaram as vidas de milhões dos nossos cidadãos" ressaltou. Rosito lembrou que o momento é uma chance de reforçar conexões entre os públicos que podem aumentar o financiamento disponível para a mudança climática, mobilizando também recursos do setor privado.
O diretor do BNDES ressaltou que o momento é importante para os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs), uma vez que eles precisam estar preparados para financiar o desenvolvimento sustentável. "É preciso sentar e discutir ações que nos permitam estarmos preparados para esses eventos extremos climáticos, como que acontece agora no Rio Grande do Sul", enfatizou Barbosa.
Para Rioux, o evento é uma oportunidade de identificar as melhores formas de mobilizar os bancos públicos de desenvolvimento. "Não apenas em situações extremas como a do Brasil, mas em qualquer lugar do mundo, para que tenhamos resiliência", afirmou. Ele considera que "os bancos públicos de desenvolvimento estão ansiosos para um papel que permita o alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável."
Discussões
O evento contou ainda com duas mesas-redondas abertas ao público, pela manhã, além de quatro workshops à tarde, em que convidados discutiram soluções para o financiamento do desenvolvimento sustentável.
A primeira mesa, “Iniciativas e soluções nacionais do Brasil para o financiamento sustentável”, foi moderada pela diretora de Pessoas Gestão e Operações do BNDES, Helena Tenório, e contou com representantes da prefeitura do Rio de Janeiro, da Caixa Econômica Federal, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). Nela, os participantes compartilharam a realidade e os desafios do financiamento das perspectivas de suas instituições.
Da segunda mesa, “Soluções e Iniciativas do Finance in Common”, moderada por Adama Mariko, secretário-geral do FiCS, participaram representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do Climate Policy Initiative e do Banco de Desenvolvimento Empresarial da Colômbia.
Durante a tarde, os participantes, representantes de instituições de 25 países – que operam em mais de 110 –, se reuniram para discutir quatro temáticas: arquitetura financeira global e plataformas nacionais; incremento na mobilização de capitais públicos e privados para estruturas resilientes; aumentando o financiamento local e subnacional; e soluções de concessão e de inovações financeiras.