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Trilha de Finanças discute fatores sociais e econômicos que impactam indicadores sobre saúde
A Trilha de Finanças do G20, coordenada pelo Ministério da Fazenda durante a presidência brasileira do Grupo, participou nesta segunda-feira (3/6) de um evento conjunto com a Trilha de Sherpas, em Salvador. Representando a Trilha de Finanças, a coordenadora de cooperação econômica internacional do Ministério da Fazenda, Priscila Yuvamoto, falou aos participantes do evento paralelo Determinantes Sociais da Saúde, durante o Terceiro Encontro do Grupo de Trabalho de Saúde, vinculado à Trilha de Sherpas.
“A Força-Tarefa Conjunta de Saúde e Finanças promove uma maior colaboração entre os Ministérios de Saúde e Finanças. Isso significa integrar considerações de saúde nos processos de tomada de decisão econômica e vice-versa. Também priorizamos a preparação e resposta a pandemias em nossas agendas políticas, reforçando os mecanismos de cooperação internacional”, apontou Priscila Yuvamoto.
Discussões
O evento paralelo debateu os fatores sociais e econômicos que se correlacionam com indicadores sobre saúde, como determinantes sociais da saúde. Esses determinantes são as condições mais amplas nas quais as pessoas vivem e que impactam resultados de saúde, bem como influenciam as desigualdades em saúde dentro e entre os países em níveis nacional e global.
“Para abordar os determinantes sociais da saúde, os governos e formuladores de políticas precisam de dados precisos e comparáveis entre os setores para desenvolver e implementar políticas baseadas em evidências, alocar recursos e priorizar intervenções”, explicou Yuvamoto. “Ao monitorarmos esses determinantes, entenderemos com mais clareza se as intervenções, políticas e investimentos estão melhorando os aspectos da saúde.”
A coordenadora também abordou as preocupações da presidência brasileira em relação à necessidade de investimentos sustentáveis em saúde – tanto do ponto de vista de sua perenidade, quanto de sua adequação ao equilíbrio das contas públicas: “Garantir fundos suficientes para sistemas de saúde mais resilientes, mantendo a sustentabilidade fiscal, é um desafio no atual contexto econômico. Análises anteriores estimaram que, em média, os países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] precisam gastar um adicional de 1,4% do PIB em comparação aos níveis pré-pandemia para estarem melhor preparados para futuros choques.”
A Força Tarefa de Finanças e Saúde foi criada pela presidência italiana do G20, no auge da pandemia de covid-19. “A colaboração e coordenação entre as nações do G20 são essenciais. Devemos compartilhar informações, conhecimentos e recursos para combater eficazmente as ameaças, atuais e futuras, à saúde, necessitando de um diálogo contínuo e avaliações para entender os riscos e oportunidades em um contexto complexo e em evolução”, concluiu Yuvamoto.
Foto: Ascom / MS