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Comunicado do G20 estará alinhado com as prioridades nacionais e globais, diz Rosito
O comunicado que ministros, vice-ministros de Finanças, presidentes e vice-presidentes de Bancos Centrais discutirão nesta semana durante o encontro da Trilha de Finanças do G20 estará alinhado com as prioridades econômicas globais. É o que diz a coordenadora do grupo e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, a embaixadora Tatiana Rosito. Ela participou de uma coletiva de imprensa no Pavilhão da Bienal, na manhã desta terça-feira (27/2), local onde acontece até hoje a 2ª Reunião de Deputies do G20.
Segundo Rosito, o documento terá um formato mais conciso e estará alinhado, sobretudo, com as prioridades propostas pelo Brasil, sem deixar de refletir as discussões que cercam a conjuntura global. Ele refletirá as discussões sobre a conjuntura econômica global e servirá de baliza para as ações que ocorrerão ao longo do ano.
“O Brasil tem propostas concretas a apresentar. O G20 não é fórum executivo, mas as decisões aqui tomadas, em consenso, podem ser projetadas nos diversos países em ações domésticas, e também se refletir nos conselhos dos organismos dos quais fazem parte os ministros de Finanças e os presidentes de Bancos Centrais”, disse Rosito.
A diplomata também abordou a importância da sessão de trabalho focada na evolução da Trilha de Finanças, ressaltando que ao longo desta segunda-feira (26/02) a discussão dos representantes dos países membros se baseou em como é possível garantir a implementação dos compromissos acordados ao longo do tempo.
Rosito lembrou que há grupos de trabalho discutindo políticas para promover uma arquitetura financeira internacional mais estável, resiliente e equilibrada, temas conjunturais e estruturais, monitorando riscos e incertezas que afetam o cenário global e as projeções sobre o desenvolvimento mundial, além de finanças sustentáveis como meio de garantir o crescimento e a estabilidade globais.
A coordenadora da Trilha mencionou ainda o lançamento do programa Eco Invest feito ontem pelo governo federal como um exemplo de alinhamento entre diferentes atores que podem produzir uma nova estrutura financeira capaz de incentivar investimentos de longo prazo em setores-chave para a transformação ecológica. Ela sublinhou que "essa é uma das prioridades brasileiras".
“No grupo de finanças sustentáveis, temos uma prioridade que é justamente identificar modelos concretos de blended finance que possam ser replicados e encontrar consensos para o conceito de transição justa. No grupo de infraestrutura, uma das quatro prioridades elencadas pelo Brasil é justamente a mitigação do risco cambial para investimentos de infraestrutura no longo prazo [como o caso do programa Eco Invest.]”, disse a coordenadora.
Segundo Rosito, muitas delegações reconheceram a iniciativa do país em engajar a sociedade civil ao longo de toda a presidência brasileira. “Nós temos feito um esforço específico na Trilha de Finanças para ampliar o diálogo com os grupos de engajamento da sociedade civil, incluindo setor privado”, disse Tatiana Rosito.
Briefing com Tatiana Rosito, Coordenadora da Trilha de Finanças do G20 (27/02/2024)