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TRANSFORMAÇÃO ECOLÓGICA
Fazenda defende importância da taxonomia sustentável para transformação da economia brasileira
Os principais desafios para o Brasil avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) foram debatidos em seminário realizado na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quinta-feira (1º/8), em Brasília, dentro do Seminário “Diálogos sobre os ODS”, transmitido pelo Youtube do Ipea. O Ministério da Fazenda (MF) participou do painel “Paz, justiça, parceria e meios de implementação”, que focou na discussão do 17º ODS: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
No painel que fechou a programação, a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do MF, Cristina Reis, defendeu a importância da taxonomia sustentável para o Brasil avançar na transformação da economia, como uma das ações prioritárias do Plano de Transformação Ecológica (PTE). A gestora apresentou o trabalho da pasta para a construção de uma taxonomia sustentável. A Fazenda preside o Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (CITSB), responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento da implementação de um sistema de classificação de atividades, ativos e projetos alinhados à estratégia brasileira para a sustentabilidade.
“O MF liderou as discussões e elaboração de normas sobre a regulação do mercado de carbono e a emissão de títulos soberanos sustentáveis pelo Tesouro Nacional. A taxonomia brasileira que estamos construindo visa contribuir para a geração de emprego, promoção da qualidade de vida e redução de desigualdades sociais, de gênero e regionais”, explicou Cristina Reis. A ação é central dentro do PTE feito pelo Ministério da Fazenda, pois cria parâmetros norteadores para a nova economia de baixo carbono que o governo vem construindo.
Segundo a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do MF, a taxonomia das finanças sustentáveis é um instrumento central na mobilização e redirecionamento de fluxos de capitais para investimentos necessários no enfrentamento à crise climática. Ela consiste em um sistema de classificação objetiva e com base científica, de atividades, ativos e/ou categorias de projetos que contribuem para objetivos climáticos, ambientais e/ou sociais.
“O Plano de Ação da Taxonomia Sustentável do Brasil visa minimizar o greenwashing, que é a prática de esconder informações sobre os impactos ambientais das atividades das empresas. Ele objetiva também reduzir a nossa dependência tecnológica poluente, que vai nos auxiliar a alcançar índices sociais e ambientais melhores, além do outros ODS”, afirmou a representante do MF no evento do Ipea.
Ainda segundo Cristina, a taxonomia sustentável brasileira é fundamental na estratégia de transformação da economia brasileira. Com objetivos ambientais, climáticos e sociais, ela quer impulsionar uma economia mais verde e equilibrada, promovendo o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade.
Objetivo nº 17
Objeto da discussão do último painel do seminário, o ODS 17 é focado na ação internacional para auxiliar países em desenvolvimento, ampliando as possibilidades de investimento, transferência tecnológica e comércio multilateral. Walter Antonio Desiderá, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, explicou que o 17º ODS também foca na implementação e descentralização de conhecimentos e fortalecimento de capacidades institucionais.
“Dentro do ODS 17, existem 19 metas, divididas em sete blocos: financiamento, transferência de tecnologias, construção de capacidades, acesso a mercados, coerência entre políticas e institucional, parcerias multissetoriais e dados, monitoramentos e prestação de conta. O Brasil ainda tem muitos desafios para caminhar em busca de atingir esses objetivos”, avaliou o pesquisador.
Confira o seminário Diálogos sobre os ODS, realizado no Ipea, em Brasília. O painel que fechou a programação teve a participação da subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do MF, Cristina Reis