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Secretária de Assuntos Internacionais divulga pauta brasileira em eventos da ONU
O principal tema abordado por Rosito, que também é coordenadora da Trilha de Finanças do G20, foi a posição brasileira em prol de mudanças no funcionamento de Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs) que permitam maior impacto na ação dessas instituições no combate à mudança climática.
Após participar do evento “Finanças Públicas e Tributação para Reduzir a Desigualdade e Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” na segunda-feira, a embaixadora participou do Fórum de Financiamento ao Desenvolvimento na terça-feira. No painel “Cooperação Internacional para o Desenvolvimento”, Rosito defendeu “uma arquitetura financeira internacional para o século 21”, apontando que o volume de recursos nos Bancos Multilaterais aplicados na transição ecológica deve “passar dos bilhões aos trilhões”.
“Para cumprir esse papel, os MDBs devem abordar os obstáculos operacionais, financeiros e de governação que enfrentam”, pontuou. Na ocasião, a secretária de Assuntos Internacionais apresentou a ideia brasileira de formular um roteiro de recomendações para mudanças na dinâmica destas instituições, já está em debate no âmbito do G20.
Também na terça-feira, a coordenadora da Trilha de Finanças do G20 falou no evento “Abaixo de 1,5 grau até 2025: O Plano”, organizado pelo Pnud.
“Temos muito orgulho de alinhar os nossos esforços nacionais com os compromissos internacionais e lutaremos por uma posição do G20 em apoio à missão 1,5º. Acreditamos que existe uma ligação clara e necessária entre o G20, o plano de 1,5 grau, a Cúpula do Futuro e as Conference of the Parties (COP)”, disse Rosito, que não deixou de destacar a importância de debates sobre o financiamento da transição.
“Do lado financeiro, estamos trabalhando em três eixos para apoiar o alinhamento dos fluxos financeiros: regulação, políticas e a cooperação entre os MDBs, os bancos nacionais de desenvolvimento e o setor privado. Ao mesmo tempo que precisamos garantir o financiamento concessional oficial com base na responsabilidade e nas capacidades históricas, precisamos conceber instrumentos financeiros mistos que ajudem a estabelecer o equilíbrio, quando necessário, entre fundos públicos e privados”, sustentou.