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Ministro da Fazenda apresenta oportunidades de investimento à Câmara de Comércio dos EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a Reforma Tributária recentemente aprovada no Brasil à Câmara de Comércio dos EUA, em Washington (DC). Haddad chegou nesta terça-feira (16/4) na capital dos Estados Unidos para conduzir a reunião da Trilha de Finanças do G20, que ocorre durante o Encontro do FMI e do Banco Mundial.
Haddad explicou aos presentes no evento “Investindo na América-Latina e no Brasil” como a Reforma Tributária deve facilitar o desenvolvimento de negócios e atrair investimentos. “É uma reforma aguardada há quarenta anos. A situação havia se tornado insustentável. Nós dedicamos um tempo expressivo para fazer essa reforma. É uma mudança muito grande que vai ocorrer no Brasil”, iniciou.
O ministro também abordou a regulamentação da Reforma, que será ainda apreciada pelo Congresso Nacional. “A regulamentação não vai estragar a Emenda Constitucional, mas a regulação pode ser pior ou melhor. Nosso grande desafio é impedir que as exceções à alíquota padrão avancem muito”, explicou. “Independentemente da decisão do Congresso, teremos um sistema tributário de primeiro mundo a partir de 2027 e será uma verdadeira revolução”.
Lembrando um estudo do Banco Mundial que chegou a considerar o sistema tributário brasileiro um dos piores do planeta, Haddad ainda projetou que a partir da implementação da reforma a realidade deverá ser a oposta. “Se hoje o sistema tributário brasileiro está entre os dez piores do mundo, estará entre os dez melhores, com toda certeza”, pontuou.
Diagnóstico da América Latina
O evento na Câmara do Comércio contou também com a participação do presidente do Banco Interamericano de Investimento (BID), Ilan Goldfajn, que apresentou um diagnóstico da América Latina. “Temos muitos desafios, mas temos uma janela de oportunidade. Temos os desafios de sempre: pobreza, desigualdade. As oportunidades estão em áreas como a transição ecológica”, sustentou.
Goldfajn destacou a necessidade da criação de condições para o investimento, citando como exemplo o modelo criado pelo Brasil para hedge cambial para investimentos verdes: “Tem todo potencial para ser adaptado e replicado. Essa é uma plataforma que pode sair do Brasil e ser aplicada em diversas partes do mundo”.
Haddad falou também sobre a abordagem do Ministério da Fazenda em relação à questão da crise climática, apresentando o Plano de Transformação Ecológica. “O mundo vai precisar encontrar formas mais baratas de realizar a transição. O Brasil tem vantagens que permitem que nós façamos uma contribuição à transição. A gama de investimentos disponíveis é enorme, e a tendência é crescer”, disse.
Na visita à Câmara de Comércio dos EUA, Haddad e Goldfajn estavam acompanhados pela embaixadora brasileira nos EUA, Maria Luiza Viotti, e pela secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, embaixadora Tatiana Rosito.