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Debates avançam no Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20
Os representantes do Ministério da Fazenda no Grupo de Trabalho (GT) de Finanças Sustentáveis (SFWG, na sigla em inglês) da Trilha de Finanças do G20, Ivan Oliveira e Lívia Oliveira, e a representante do Banco Central no grupo, Cyntia Azevedo, apresentaram nesta terça-feira (2/4) um balanço da segunda reunião, realizada em Brasília (DF).
O coordenador do GT, Ivan Oliveira, afirmou que todos os eixos estabelecidos pela presidência brasileira para o SFWG – facilitação de acesso aos fundos verdes; planos de transição justa; parâmetros de sustentabilidade e financiamento de soluções baseadas na natureza – foram abordados nesta segunda reunião.
“Tivemos a participação de especialistas convidados e conseguimos avançar nas quatro prioridades. Para a próxima reunião, em Belém, temos condições de fazer debates com base em entregas preliminares específicas”, disse.
Em relação à ampliação do acesso aos fundos verdes, o coordenador destacou que “pela primeira vez no G20, os quatro fundos foram chamados a participar do SFWG", destacou. "Mais do que isso, eles são fundamentais nesse processo. As quatro administrações dos fundos estão preparadas, compartilhando dados e conectados com o grupo de especialistas independentes que preparam o relatório com recomendações de melhoria de acesso. Além disso, em seus Conselhos Diretivos, há muito apoio a essa agenda de reformas", ponderou.
De acordo com Lívia Oliveira, também representante do Ministério da Fazenda, os consensos se aprofundaram no tema dos planos de transição justa: “O Brasil decidiu trazer os temas da justiça social e da desigualdade conectados à agenda climática. Temos parceiros estratégicos neste tema”.
Já em relação ao financiamento de soluções baseadas na natureza, Lívia Oliveira destacou o fato de que o Brasil agregou uma nova perspectiva aos debates do GT e explicou que resultados são esperados pelo país ao fim de sua presidência no G20.
“Mantivemos o foco do grupo no clima e trouxemos ainda a questão da biodiversidade. Nossa proposta é debater com os países membros soluções para destravar instrumentos financeiros específicos e trazer uma caixa de ferramentas de soluções financeiras para diversos países”, pontuou.
Cynthia Azevedo, representante do Banco Central do Brasil, destacou o debate sobre parâmetros de relatórios de sustentabilidade elaborados por empresas ao redor do mundo, principalmente de pequeno e médio porte.
“O processo de compartilhamento de experiências é um aspecto importante do G20. Nós temos contribuições de organizações internacionais. Estamos sendo bem-sucedidos no processo de construção das entregas da presidência brasileira”, sintetizou.
A primeira reunião do SFWG sob coordenação brasileira ocorreu de forma virtual, em fevereiro. A terceira e próxima reunião está prevista para o mês de julho, na cidade de Belém (PA).