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Políticas econômicas adaptáveis e resilientes são cruciais no cenário global em transformação, afirma Mello
O titular da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF), Guilherme Mello, apresentou um balanço dos feitos recentes do órgão, que comemora 31 anos de existência nesta quarta-feira (22/11). Durante o discurso no painel de abertura do evento de aniversário, ele discursou sobre os avanços da Secretaria, os desafios e as abordagens diante do novo paradigma econômico global.
Ao lado de Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária, de Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal, e da assessora especial do Ministério da Fazenda Fernanda Santiago, Mello ressaltou a importância das equipes técnicas que operam por trás das figuras políticas e o papel vital na formulação e execução de políticas públicas eficazes.
“É por meio da equipe que você consegue construir, elaborar e avaliar os caminhos da política pública. Então a importância de uma equipe qualificada e comprometida é fundamental”, destacou o secretário, que ainda estava acompanhado na mesa por Julia Braga, pesquisadora do IPEA, e por Manoel Carlos Pires, ex-secretário de política econômica (2015-2016) e atualmente pesquisador da FGV-Ibre.
A criação da Subsecretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e a implementação de projetos voltados ao tema, como a Taxonomia Sustentável e o projeto de mercado regulado de carbono, disse Mello, foram marcas importantes da SPE ao longo de 2023. Essas iniciativas não apenas alinham a Secretaria com as tendências globais, como também posicionam o governo na vanguarda de políticas econômicas.
“A SPE tem foco maior hoje no tema macrofiscal e no tema do desenvolvimento sustentável junto com o tema da agricultura, que digamos é uma fronteira que a Secretaria está explorando de maneira mais explícita neste último ano”, afirmou o secretário.
Mello também fez um balanço dos avanços realizados pela SPE. Ele classificou como um sucesso a criação, seguida de aprovação, do novo regime fiscal, assim como o Plano Safra focado em incentivar práticas de sustentabilidade, sendo esta uma das maiores políticas já feitas para o setor agrícola em todos os temas. Segundo o secretário, esses esforços simbolizam uma mudança significativa no desenho das políticas econômicas, priorizando não apenas o crescimento econômico, mas também a responsabilidade ambiental e social.
“Projetos ligados a finanças sustentáveis vão ser a base de um conjunto de investimentos que podem retomar o processo de acumulação de capital, mas agora em novas bases”, destacou Mello.
Nestes termos, a posição do Brasil é estratégica na economia global. Mello, no entanto, reconhece os desafios impostos pelos ciclos econômicos internacionais. Esta perspectiva global ressalta a necessidade de políticas econômicas adaptáveis e resilientes, capazes de navegar em um ambiente internacional em constante mudança.
“Fazer política econômica nesse ambiente de profunda transformação exige que nós tenhamos uma consciência muito clara de quais são as nossas oportunidades e quais são os instrumentos que um país periférico dispõe para aproveitar as oportunidades. Eu acredito que esse é um tema que nós temos discutido bastante não só no Ministério da Fazenda como no governo como um todo. É evidente que estabilidade macroeconômica é um pressuposto do desenvolvimento e, como eu disse, nós temos uma agenda bastante robusta de aperfeiçoamento e melhoria desse ambiente macroeconômico”, explicou.
Assista a abertura do evento comemorativo aos 31 anos da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF)