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RESPONSABILIDADE SOCIAL
Compromissos com inclusão social, meio ambiente e finanças públicas são chaves para futuro do Brasil, defende secretário-executivo da Fazenda
O Ministério da Fazenda (MF) participou, nesta quinta-feira (16/11), do 3º Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial 2023, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Este evento é parte da 6ª edição da Virada da Consciência, organizada pela Universidade Zumbi dos Palmares, e contou com a participação de empresários e autoridades para discutir questões vitais no ambiente corporativo, como a transformação na cadeia de valor e o papel da educação no combate ao racismo.
No seminário de abertura, sobre “Mudanças climáticas, Neoindustrialização, Inclusão e Diversidade”, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, enfatizou a importância do assunto, sobretudo, pelo ponto de vista econômico. Segundo ele, o tema racial pode ser observado por “uma racionalidade econômica que não é dissociada do imperativo moral", especialmente dado o valor que novas perspectivas trazem para empresas que prezam pela equidade.
Segundo o representante do MF, a busca por uma equidade racial traz ganhos não só em relação à igualdade e respeito, mas também eficiência, principalmente por trazer novas perspectivas para o ambiente de trabalho. “Do ponto de vista político, 2% dos prefeitos do Brasil são negros. O nosso Congresso Nacional não é representativo do restante da população, do ponto de vista de raça. Os nossos gerentes dentro das empresas também não. Então é preciso ter esse olhar para a igualdade, de fato”, afirmou.
Responsabilidade fiscal e sustentabilidade social
O secretário citou como exemplo o compromisso do Ministério da Fazenda com políticas inclusivas e sustentáveis. Durigan destacou o esforço contínuo da equipe em direção a uma economia mais justa e equilibrada para todos os brasileiros. "Quando falamos de responsabilidade fiscal e sustentabilidade da dívida, estamos olhando não para uma tara de austeridade, mas para ter credibilidade enquanto ator global, para que a gente possa obter investimento e resgatar os programas sociais", explicou. Este compromisso, afirma Durigan, abre caminho para iniciativas que abordam a igualdade racial e a transformação ecológica.
Para Dario, a conexão entre responsabilidade fiscal e sustentabilidade social é uma abordagem equilibrada que promove a estabilidade econômica sem sacrificar a justiça social. “Buscar credibilidade do ponto de vista de pagador de conta para ter menos inflação, que afeta os mais carentes, e para ter uma taxa de juros menor para que a indústria consiga catapultar e fazer valer essa linha de programa que a gente está tratando aqui nesse seminário”, afirmou o secretário-executivo.
Um dos caminhos para fazer valer esta estratégia é a agenda de correção de distorções. “A gente tem discutido temas como tributação de fundos privilegiados, reforma tributária para favorecer o consumidor e aprimorar a situação da indústria. Isso tudo está conectado com um projeto de país”, explicou Durigan, que completou dizendo que o objetivo é garantir um Brasil mais inclusivo, mais igualitário, que funcione de maneira mais eficiente e produtiva.
Economia verde
Para o representante do Ministério da Fazenda, há uma intersecção entre esta agenda econômica e as questões ambientais. O secretário-executivo reforçou a ideia de que o Brasil está diante de um novo momento econômico emergente. “É importante que a gente tenha um olhar para o futuro e saiba que uma nova economia está nascendo. A economia verde nasce como única alternativa que a humanidade tem, e o Brasil pode ter um papel único dentro desse processo de transformação mundial”, reforçou.
Durigan citou o lançamento dos Títulos Soberanos Sustentáveis como sendo o exemplo deste compromisso de preservação ambiental e busca por justiça social. “Foram captados R$ 10 bilhões em um título que tem como diferencial o compromisso de usar os recursos da captação em projetos sociais e ambientais”, comemorou o secretário-executivo.
“Eu trago com muito entusiasmo esse plano de trabalho, essa agenda de Brasil lastreada em sustentabilidade da dívida e responsabilidade fiscal para que a gente possa não simplesmente manter o fiscal pelo fiscal, mas que a gente abra espaço para os programas sociais, para transformação ecológica, para que o Brasil, de fato exerça, e efetue o potencial que ele tem no mundo nos próximos anos”, concluiu.
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