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SEMANA DA MULHER 2023
Secretaria de Política Econômica tem três mulheres no comando de suas quatro subsecretarias
Preparadas e qualificadas, as mulheres vêm conquistando seus espaços, ocupando cargos de gestão e postos de direção em empresas e instituições. Essa realidade não é diferente no serviço público. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou 11 ministras para o comando de importantes órgãos, entre eles o Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF), três das quatro subsecretarias são lideradas por mulheres.
A Subsecretaria de Política Macroeconômica tem à frente Raquel Nadal, mestre em economia pela FEA-USP e doutora em engenharia pela COPPE-UFRJ. Com experiência no setor privado e no setor público, ela é servidora de carreira do Banco Central. De 2014 a 2022, trabalhou com projeção e modelagem macroeconômica, além de participar na elaboração de políticas para tornar o setor financeiro mais sustentável. Nasceu em Botucatu e é mãe da Helena e do João.
Raquel destaca que mais mulheres na política e na economia são essenciais para que paradigmas ultrapassados possam ser superados e para reduzir a desigualdade de gênero, que limita o crescimento sustentável e inclusivo. "Políticas para mulheres somente serão prioridade quando mulheres estiverem atuando ativamente para implementá-las. Gostaria de agradecer o secretário Guilherme Mello pela oportunidade e por montar uma equipe tão plural, da qual me orgulho de fazer parte” diz a subsecretária.
Desenvolvimento Econômico Sustentável
Cristina Reis é economista com graduação na Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-doutorado com bolsa da Marie Curie Actions/ União Europeia na Universidade Técnica de Berlim. Professora da UFABC desde 2013, fundou o grupo de pesquisa em Cadeias Globais de Valor. Especialista em indústria e desenvolvimento inclusivo e sustentável. Mãe do Alexandre e da Carolina, atua para combater desigualdades de gênero, étnico-raciais e de classe através da ciência e da postura profissional. Membro do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia da UFABC e da Comissão Mulher Economista do Corecon-SP.
Como subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável, ela espera "contribuir para a coordenação entre o regime macro-fiscal e a transformação das estruturas produtivas e comerciais da economia brasileira em prol da redução das desigualdades". Como integrante do governo da união e da reconstrução, enfatiza sua confiança na potência da maior representatividade das mulheres para alcançar uma sociedade mais próspera, justa e amorosa."
Política Fiscal
Débora Freire é Mestre em Economia Aplicada pela UFV e Doutora em Economia pela UFMG, com período na Universidade de Illinois. É professora e pesquisadora do Cedeplar/UFMG. Especialista em Política Fiscal e Desigualdades, Modelos econômicos de simulação e Análise de impacto de políticas públicas. Nasceu em Perdões - MG e foi a primeira da família a cursar ensino superior.
Atualmente como subsecretária de Política Fiscal, Débora chama a atenção para a importância e necessidade de mais mulheres no centro de formulação da política econômica e nos cargos de gestão. "A pauta econômica foi conduzida, por muito tempo, quase que exclusivamente por homens e equipes muito pouco plurais. Certamente esse é um dos motivos de nossa economia ser marcada por desigualdades, de renda, gênero e raça, que se perpetuam."
Ela destaca, ainda, a importância do exemplo de mulheres atuando ativamente na área e com projeção para as futuras economistas, o que contribui para reduzir o viés de gênero na profissão. É preciso ocupar um espaço que é nosso por mérito e direito, mas nos foi negado por muito tempo pela reprodução das desigualdades estruturais.
Fotos: Washington Costa/MF