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MÊS DA MULHER
Procuradora-geral da Fazenda Nacional abre o seminário da AGU ‘O poder feminino: entre percursos e desafios’
A Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida, abriu nesta terça-feira (28/3) o seminário “O poder feminino: entre percursos e desafios”, promovido pela Advocacia-Geral da União (AGU). Ela reforçou a importância da sororidade no fortalecimento da representatividade feminina, ao lembrar do apoio concedido por inúmeras outras mulheres ao longo de sua trajetória. “A gente não fala de liderança feminina sem falar de outras mulheres, sem falar de onde a gente veio, sem falar naquilo em que a gente acredita”, disse, ao participar do painel de abertura do seminário, que teve como tema o “Protagonismo feminino na AGU”. Anelize é a segunda mulher a ocupar o mais alto cargo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Antes dela, somente Adriana Queiroz ocupou o cargo, entre 2009 e 2015.
“Se você achar que está sozinha, cai no grande conto do ego, de acreditar que é autossuficiente. Ao falar de liderança, você tem de ver de onde você veio. Aí você reconhece e honra as mulheres que vieram antes de você”, afirmou. Anelize destacou a referência das mulheres que a receberam na PGFN, desde a sua chegada à instituição, em 2006. “Mulheres que já estavam ali há muito tempo antes de mim e que me abriram as portas da dívida ativa da União, que me ensinaram muitas coisas que uso ainda hoje na minha caminhada”, relembrou, citando que Adriana Queiroz foi “uma grande inspiração e um mentora”.
Anelize falou de sororidade, empatia, união e solidariedade entre as mulheres, o que fortalece a cada dia a devida participação feminina não apenas no mercado de trabalho, mas em todas as facetas da sociedade, com igualdade, representatividade e visibilidade. “É aquela frase maravilhosa de que ninguém solta a mão de ninguém. Na nossa trajetória, é absolutamente verdadeira. Uma mulher não solta a mão de outra mulher. A gente não tem nenhum motivo para competir, não tem nenhum motivo para se denegrir. Não temos nenhum motivo para deixar uma para trás ou outro para trás, consciente ou inconscientemente. E espero que cada vez mais conscientemente, inclusive com ações institucionais”, afirmou.
A PGFN
Órgão de direção superior da AGU, a PGFN é responsável, entre outros pontos, pela representação da União em causas fiscais, na cobrança judicial e administrativa dos créditos tributários e não-tributários e no assessoramento e consultoria no âmbito do Ministério da Fazenda.
Anelize Almeida integra a PGFN desde 2006. Ela é mestre em Política Pública pela Universidade de Oxford e Pós-graduada em Administração Pública pela FGV. Atuou na Subchefia de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, foi procuradora-chefe da Dívida Ativa na 1ª Região, chefe de gabinete da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, e diretora de Gestão da Dívida Ativa da União, atual Procuradoria-Geral Adjunta de Gestão da Dívida Ativa e do FGTS. Atualmente, ocupa o cargo de Procuradora-Geral da Fazenda Nacional.
Seminário
O seminário “O poder feminino: entre percursos e desafios” faz parte das celebrações da AGU pelo Mês da Mulher. Além de Anelize Almeida, o painel de abertura contou com as participações da procuradora regional federal na 1ª Região, Renata Maria Periquito Pontes Cunha; da assessora especial de Diversidade e Inclusão, Cláudia Trindade; da secretária-geral de Consultoria, Clarice Costa Calixto. O painel de abertura foi conduzido por uma das coordenadoras do seminário, a adjunta da Direção Nacional da ESAGU e procuradora da Fazenda Nacional, Rita Dias Nolasco.
O evento é aberto ao público, com transmissão das 14h às 18h, com debates nesta terça (28/3) e quarta-feira (29/3). As inscrições podem ser feitas neste link.
Para participar do seminário, acesse o canal da Escola da AGU (ESAGU) no YouTube
Entre os temas que estão sendo discutidos no seminário estão “A busca pela igualdade, representatividade e visibilidade feminina”; “O direito das mulheres de acesso à educação no Brasil”; “Mulheres no Poder Judiciário: representatividade feminina no Poder Judiciário e vieses inconscientes”; “Maria da Penha: a mulher que transformou sua história de dor e superação em luta contra a violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil”; e “Direito tributário antidiscriminatório: a mulher negra como sujeito de direitos”.