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TRIBUTOS
Arrecadação federal alcança R$ 158,995 bilhões em fevereiro
A arrecadação total das receitas federais alcançou R$ 158,995 bilhões em fevereiro, registrando alta de 1,28% em termos reais (já descontada a inflação) e de 6,95% em termos nominais (sem considerar a inflação) em comparação ao mesmo mês em 2022, quando o montante atingiu R$ 148,664 bilhões. Considerando todo o primeiro bimestre, a arrecadação atingiu R$ 410,739 bilhões, ou seja, elevação de 1,19% em termos reais e de 6,97% em termos nominais em relação aos R$ 383,986 bilhões verificados nos dois primeiros meses do ano passado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (23/3) pela Receita Federal em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.
Considerando somente as receitas administradas pela Receita Federal, a arrecadação de fevereiro somou R$ 153,033 bilhões (ante R$ 143,282 bilhões, em igual mês do ano passado). As receitas administradas por outros órgãos atingiram R$ 5,962 bilhões (ante R$ 5,382 bilhões em fevereiro de 2022). Para todo o primeiro bimestre, as receitas administradas pela RFB somaram R$ 387,964 bilhões (R$ 360,703 bilhões, no primeiro bimestre de 2022) e as receitas administradas por outros órgãos alcançaram R$ 22,775 bilhões (R$ 23,283 bilhões, em igual período do ano passado). Os valores consideram preços correntes.
Os dados foram detalhados pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias; e pelo coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Loures, auditores-fiscais da instituição.
“A nossa avaliação é positiva em relação aos números apresentados, uma vez que todos eles estão em linha com as nossas projeções, em linha com os parâmetros que estamos utilizando para fazer essas projeções. O desempenho da atividade econômica continua sendo determinante para o resultado da arrecadação. Neste mês de fevereiro temos a surpresa positiva do desempenho da massa salarial, o que significa que a atividade econômica também vem acompanhada de uma retomada do emprego”, afirmou Malaquias.
Acesse o material com os dados da arrecadação federal em fevereiro de 2023 .
Análises
Conforme apontou a Receita, um dos principais destaques de fevereiro foi o recolhimento de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que, juntos, somaram R$ 30,836 bilhões, crescimento real de 12,12% sobre o resultado de igual mês de 2022 (R$ 27,504 bilhões, em valores reais). A Receita Previdenciária registrou arrecadação de R$ 46,041 bilhões, alta real de 6,28% sobre fevereiro de 2022 (R$ 43,319 bilhões), em movimento impulsionado pela alta da massa salarial. O Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos do Trabalho teve arrecadação de R$ 14,087 bilhões no mês passado, com acréscimo real de 12,11% sobre fevereiro de 2022 (R$ 12,566 bilhões). Todas essas comparações consideram valores reais. O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), por outro lado, arrecadou R$ 2,425 bilhões no período, queda de 15,91% na comparação com fevereiro do ano passado.
Ao apresentar a análise do primeiro bimestre, a Receita explicou os fatores que levaram à arrecadação de R$ 410,739 bilhões no período. Em primeiro lugar, o desempenho da Receita Previdenciária, que registrou crescimento real de 7,47% na comparação com igual período do ano passado. Também houve crescimento real de 44,65% da arrecadação do IRRF Capital, especialmente nos itens títulos e fundos de renda fixa.
Confira a entrevista coletiva de divulgação do resultado da arrecadação das receitas federais em fevereiro de 2023: